Política

PL Mulher, presidido por Michelle Bolsonaro, defende operação no Rio e critica Lula em manifesto

Em nota, movimento liderado pela ex-primeira-dama apoia megaoperação policial, faz críticas ao presidente Lula e à imprensa, e pede orações pelos envolvidos

31/10/2025
PL Mulher, presidido por Michelle Bolsonaro, defende operação no Rio e critica Lula em manifesto
Michelle Bolsonaro - Foto: Reprodução

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou, nesta quinta-feira (30), uma nota do PL Mulher, movimento do qual é presidente, em defesa da megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro — considerada a mais letal da história da cidade. O manifesto, intitulado "As mães e a (in)segurança pública", faz duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à administração do PT.

Lula é citado oito vezes no texto, sendo incluído no que o PL Mulher denomina de "trio da destruição", ao lado do colombiano Gustavo Petro e do venezuelano Nicolás Maduro. O documento acusa os três de "atuar incansavelmente para favorecer os traficantes": "Cada um a seu modo, defende e protege, direta ou indiretamente, esses criminosos", diz o manifesto.

Com críticas à imprensa, o texto afirma que "os narcoterroristas mortos não eram vítimas, mas algozes", em referência à fala de Lula de que "traficantes de drogas também são vítimas dos usuários". A declaração do presidente gerou repercussão negativa, levando a Secretaria de Comunicação Social (Secom) a divulgar nota afirmando que o governo "não tolera o tráfico" e destacando ações no combate às drogas e ao crime organizado.

"Colheram o que plantaram: violência, destruição e morte. Enfrentaram a polícia com bombas, drones e armamento pesado, mas foram derrotados porque o bem sempre prevalecerá, por mais que a imprensa — paga pelo governo com dinheiro do povo — tente vender a narrativa de que os narcotraficantes foram as vítimas", afirma o texto divulgado por Michelle Bolsonaro.

O manifesto também destaca o sofrimento das mães dos envolvidos: "As escolhas dos narcoterroristas transformaram até suas próprias mães em vítimas da tristeza e da desolação. Nenhuma mãe gera um filho para o crime ou sonha com esse destino. Essas mães também sofrem pelas decisões de seus filhos e pelos governantes que, direta ou indiretamente, incentivam o crime em vez de combatê-lo".

A nota do PL Mulher conclui pedindo orações pelo governo do Rio, pelos policiais e familiares, pelos moradores das comunidades dominadas pelo crime organizado e "por todos que defendem os cidadãos de bem".

A Operação Contenção, que teve como alvo o Comando Vermelho, resultou em 117 mortos, segundo as autoridades do Rio. Ainda nesta quinta-feira (30), a Defensoria Pública do Estado informou ter sido impedida de participar da identificação dos corpos no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto, na região central da capital fluminense.