Política
Motta defende voto distrital misto para evitar eleição de representantes do crime organizado
Presidente da Câmara propõe mudança no sistema eleitoral a partir de 2030 para fortalecer combate à influência do crime na política
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que a Casa irá debater a mudança do sistema eleitoral para as eleições de 2030, defendendo o voto distrital misto como estratégia para impedir a eleição de representantes ligados ao crime organizado. As declarações foram feitas nesta sexta-feira, 31, em entrevista à emissora GloboNews.
"Essa é uma pauta que eu irei colocar na ordem do dia a partir de agora. Esperei passar a data que daria o princípio da anualidade para a eleição de 2026, justamente para dizer que nós não queremos mudar esse sistema para a próxima eleição. Nós já vimos que isso não dá certo no Parlamento. Nenhum parlamentar gosta de mudar o sistema eleitoral pelo qual ele se elegeu", afirmou Motta.
O presidente da Câmara ressaltou que a discussão sobre o novo modelo eleitoral será voltada para as eleições de 2030. "Penso que é plenamente possível, para as eleições de 2030, estudarmos a mudança do sistema eleitoral. Por quê? Porque, se não, vamos ter parlamentares sendo eleitos pelo crime organizado", alertou.
Segundo Motta, há uma crescente defesa entre parlamentares pelo voto distrital misto nas eleições proporcionais. Nesse sistema híbrido, o país seria dividido em distritos geográficos, cada um elegendo seus representantes para o Legislativo.
"Para evitar essa entrada mais forte do crime organizado na política e, consequentemente, nos poderes de decisão do País, precisamos discutir essa mudança no sistema eleitoral. O que está se desenhando entre os principais partidos da Casa, entre muitos parlamentares e com a própria sociedade civil organizada, é avançarmos para um sistema eleitoral que traga o voto distrital misto", explicou.
Motta completou: "Que a gente tenha condições de fazer a divisão de distritos, termos também o voto em lista e, com isso, preservar a política desse financiamento proveniente de atividades ilícitas, como hoje é o crime organizado".
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