Política

Presidente do STF diz que ministros da Corte acompanham 'com atenção' consequências da megaoperação no Rio

Edson Fachin manifestou 'plena solidariedade aos familiares das vítimas'

Agência O Globo - 30/10/2025
Presidente do STF diz que ministros da Corte acompanham 'com atenção' consequências da megaoperação no Rio
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) - Foto: Reprodução

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), , afirmou nesta quinta-feira que todos os ministros da Corte acompanham "com a devida atenção" a situação no Rio de Janeiro, após uma megaoperação policial deixar 121 mortos. Fachin também demonstrou "plena solidariedade aos familiares das vítimas". 

— Todos os integrantes desse tribunal acompanham com a devida atenção, com a plena solidariedade aos familiares das vítimas e, ao mesmo tempo, com a discrição e a sobriedade que são necessárias para, em momentos de tragédias graves como essa, dedicar a elas a nossa atividade concreta e, no lugar devido, as melhores preocupações — declarou Fachin, ao fim da sessão plenário do STF nesta quinta. 

Fachin foi o relator da ação que ficou conhecida como ADPF das Favelas, na qual o STF estabeleceu uma série de regras para operações policiais no Rio de Janeiro. O ministro deixou o caso, contudo, no mês passado, após assumir a presidência da Corte. 

A ação ficou alguns dias sob a relatoria de Luís Roberto Barroso, até ele se aposentar. Na terça-feira, foi repassada de forma temporária ao ministro Alexandre de Moraes, para análise de questões urgentes. Na quarta, Moraes determinou que o governo estadual apresente informações sobre a operação. 

Também na sessão desta quinta, o ministro afirmou que megaoperação desrespeitou regras impostas pelo STF, como a necessidade de garantia de perícia independente. 

— Muito recentemente, nesse plenário, ao julgar a assim chamada ADPF das Favelas, recuperamos um ditame básico do Código de Processo Penal em torno da guarda da cena de um crime e da realização de perícia independente. Vejamos eventos recentes. Nada disso foi feito. Nada, rigorosamente nada. E claro que, se houvesse câmeras, isso ajudaria nessa atividade".