O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou sua rejeição a uma eventual anistia para o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) e outros condenados pela tentativa de golpe, após as manifestações realizadas no último domingo (21) em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e outras capitais.

"Estou do lado do povo. As manifestações de hoje demonstram que a população não quer a impunidade nem a anistia. O Congresso Nacional deve se concentrar em medidas que tragam benefícios para o povo brasileiro", afirmou o presidente nas redes sociais.

A mensagem foi acompanhada por uma foto da concentração na Avenida Paulista, onde se vê uma bandeira nacional.

Já a a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), declarou que o Brasil "não irá voltar atrás na punição aos que atacaram a democracia". Segundo ela, "o povo expressou sua posição pela integridade de nosso Estado Constitucional".

Em São Paulo, o ato reuniu cerca de 42,3 mil pessoas em frente ao Masp, segundo levantamento do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo. No Rio de Janeiro, 41,8 mil manifestantes se concentraram na orla de Copacabana, de acordo com o mesmo organismo.

O protesto contou com a presença de artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, que participaram de discursos e apresentações musicais. Os manifestantes exibiram cartazes contra a anistia e a "PEC da Blindagem", reforçando palavras de ordem em defesa da democracia.