Política
Rafael Brito recua após pressão popular, mas voto a favor da PEC da “bandidagem” foi registrado
Deputado que levou "reprimenda" de Renan diz que vai trabalhar contra o que foi favorável

O deputado federal Rafael Brito (MDB-AL) voltou atrás em sua posição sobre a chamada PEC da Blindagem, também apelidada de PEC da Bandidagem por críticos, após forte pressão de eleitores e intensa repercussão negativa nas redes sociais. Inicialmente, Brito havia seguido a orientação da liderança de sua bancada e votado a favor da proposta, que amplia proteções para parlamentares e é apontada por juristas e entidades da sociedade civil como uma ameaça à responsabilização de políticos.
Na noite de quinta-feira (18), o parlamentar anunciou que passaria a se declarar contrário à PEC, afirmando que a mobilização popular foi decisiva para sua mudança de discurso. Em vídeo, exibiu inclusive a mensagem da liderança do MDB indicando voto “sim”, mas reforçou que atenderia à voz de seus eleitores.
O detalhe é que o recuo não muda o fato consumado: o voto já foi registrado em plenário. Ou seja, Rafael Brito permanece oficialmente entre aqueles que apoiaram a PEC em sua primeira votação.
Além disso, Brito não foi o único alagoano no centro da polêmica. O deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) também votou a favor da proposta. Ambos acabaram levando um pito público do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que, em nota oficial do partido, criticou duramente a posição dos dois parlamentares e deixou claro o desconforto da cúpula emedebista com o alinhamento à PEC.
A movimentação tardia de Rafael Brito, agora tentando se colocar contra a medida que ele próprio ajudou a aprovar, expõe não apenas a força da opinião pública sobre a classe política, mas também a contradição entre discurso e prática. Como diz o velho ditado, “Inês é morta”: a tentativa de apagar o voto não reverte o que já está registrado na história recente do Congresso.
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