Política
PT pede ao STF liberação para transmitir ao vivo julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe

Após a Procuradoria-Geral da União (PGR) encaminhar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Partido dos Trabalhadores pediu à Corte para credenciar a TVPT - canal da sigla no Youtube - para transmitir ao vivo o julgamento.
O ofício encaminhado ao STF pede o credenciamento para fazer uma cobertura jornalística da sessão do julgamento do ex-presidente e dos outros investigados na ação, bem como outros futuros julgamentos relacionados.
"Queremos estar lá porque vai ser um momento histórico, que vai parar o país, quase uma Copa do Mundo", afirmou o secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, à Folha de S. Paulo.
Bolsonaro foi denunciado por crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa. O processo tramita no STF sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que recebeu a denúncia contra o ex-presidente e outros 33 envolvidos. Agora, os denunciados têm prazo de 15 dias para enviarem resposta escrita à acusação formal para o ministro.
Após receber as respostas, Moraes libera o caso para o recebimento da denúncia ser julgado de forma colegiada na Corte, ou seja, ou pelo plenário, ou pela Primeira Turma. Os ministros decidirão, então, se a ação penal será aberta, colocando o ex-presidente no banco dos réus, o que inicia oficialmente o julgamento. Cabe recurso da decisão.
Tatto argumenta que a ação é de interesse público por envolver uma tentativa de golpe de Estado e que a transparência do julgamento é fundamental para "garantir que a sociedade tenha pleno acesso às informações e compreenda a atuação do Supremo Tribunal Federal na defesa da ordem democrática".
"A cobertura completa pela TVPT contribuirá para ampliar o alcance do julgamento, permitindo que um maior número de brasileiros acompanhe os debates e decisões que impactam a democracia e o Estado de Direito", afirma o ofício. A sigla ainda cita o artigo 220 da Constituição que trata da liberdade de imprensa.
Aliados do petista apostam na transmissão do julgamento para derrubar a popularidade do antigo mandatário e repetir o clima da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, como publicado pela coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Em 2021, a CPI da Covid gerou grande repercussão nas redes sociais, com perfis criados especialmente para acompanhar os trabalhos da comissão em tempo real, atuando como uma 'rede paralela' de informações que contribuíram para a elaboração de perguntas, requerimentos e até checagem das declarações dadas pelos depoentes. Os canais "Camarote da CPI" e "JaIrme's Vaccina Race" somavam mais de 264,7 mil seguidores na época.
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