Política
Proibidos de encontrar com Bolsonaro, Braga Netto e Valdemar abrem ato convocado pelo ex-presidente em Copacabana
Manifestação na orla carioca é a segunda organizada pelo pastor Silas Malafaia nos últimos meses para ajudar o aliado a demonstrar força política
Apoiadores de Jair Bolsonaro participam, na manhã deste domingo, de uma manifestação na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, em apoio ao ex-presidente. Investigados por supostas investidas golpistas e proibidos de manter contato com o aliado por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o general Walter Braga Netto e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foram os primeiros a subir ao carro de som, ainda que em discursos rápidos.
— Agradeço a vocês o carinho com o presidente Bolsonaro e comigo. Continuamos na luta pelo Brasil. Muito obrigada a todos vocês. Tenho que sair — afirmou Braga Netto, por volta das 9h.
Pouco depois, Valdemar recebeu a palavra e apresentou diversos políticos do PL. Ao citar o senador Romário (RJ), que não está presente na manifestação, vaias foram ouvidas no público.
— O PL mais forte do Brasil é no Rio de Janeiro. Vocês e o Bolsonaro fizeram do PL o maior partido do Brasil. Deus, pátria, família e liberdade — disse Valdemar, que, após deixar o palco, falou ao GLOBO. — A única coisa que eu fico triste é de não poder ficar junto com o Bolsonaro.
Além do ex-presidente, que ainda não chegou ao local do ato, estão presentes nomes como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O primeiro integrante da família a chegar na Praia de Copacabana foi Flávio Bolsonaro, que teceu críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao falar com a imprensa:
— Olha como o Alexandre de Moraes interferiu nas eleições de 2022 de uma forma totalmente parcial. Ele desequilibrou a livre concorrência nas eleições para beneficiar o Lula. Infelizmente, essa é a realidade. Tantas pessoas nas ruas, é exatamente um grito de liberdade ante todas as arbitrariedades que nós temos visto. Há uma perseguição implacável por um ministro apenas, que a gente lamenta — disse.
O ato deste domingo foi marcado para 10h, mas desde o começo da manhã já havia movimentação de participantes na orla. A manifestação em Copacabana é a segunda organizada pelo pastor Silas Malafaia nos últimos meses para ajudar Bolsonaro a demonstrar força política.
A primeira, em fevereiro, foi na Avenida Paulista, em São Paulo, e aconteceu logo após o ex-presidente ser alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após a vitória de Lula. O ato em SP reuniu cerca de 185 mil pessoas, segundo o cálculo do grupo de pesquisa Monitor do Debate Político, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.
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