Política

Associação de juízes afirma que afastamento de magistrados da Lava-Jato foi 'inadequado'

Ajufe declarou que decisão deveria ser tomada pelo plenário do CNJ

Agência O Globo - GLOBO 15/04/2024
Associação de juízes afirma que afastamento de magistrados da Lava-Jato foi 'inadequado'
Associação de juízes afirma que afastamento de magistrados da Lava-Jato foi 'inadequado' - Foto: Reprodução/internet

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) afirmou, em nota divulgada nesta segunda-feira, que o afastamento de dois juízes e dois desembargadores que atuaram em processos da Operação Lava-Jato foi "inadequado", por ocorrer por decisão monocrática e na véspera do julgamento das ações contra eles. A Ajufe ainda declarou que os quatros tem "conduta ilibada e décadas de bons serviços prestados à magistratura nacional".

O afastamento foi determinado pelo corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, no âmbito do Conselho Nacional da Justiça (CNJ). Foram afetados Gabriela Hardt, que atuou como substituta na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, o juiz Danilo Pereira Júnior, o atual titular 13ª Vara; e os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

As decisões de Salomão foram tomadas em duas reclamações disciplinares, que estão na pauta da sessão do CNJ de terça-feira. Para a Ajufe, o afastamento deveria ser decidido pelo plenário, e não por apenas um conselheiro.

"O órgão com a competência natural para deliberar por tal afastamento é o plenário do Conselho Nacional de Justiça, tanto que pautada a matéria para julgamento na sessão de amanhã, dia 16/04/2024, revelando-se inadequado o afastamento por decisão monocrática e na véspera de tal julgamento", afirmou a entidade.