Política
Rotina de Lula após a cirurgia desta sexta terá despachos no Alvorada e mais de um mês sem viagens
Previsão é que o presidente fique internado até terça-feira
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passará por uma cirurgia no quadril direito nesta sexta-feira, no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. A previsão é que ele fique internado até terça-feira e passe pelo menos três semanas despachando do Palácio da Alvorada.
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Lula fará uma artroplastia total de quadril e colocará uma prótese híbrida, que tem parte fixada com cimento ósseo e outra encaixada diretamente no osso.
O Palácio do Planalto prevê um período de quatro a seis semanas sem viagens do presidente. A meta de recuperação estipulada pelo governo é a COP 28, nos Emirados Árabes, marcada para o fim de novembro. Na volta, há previsão de uma passagem, pela Alemanha. Estas são as próximas viagens previstas no calendário da presidência.
Nos últimos dias, Lula precisou seguir recomendações médicas para a preparação para o procedimento. Nesta segunda-feira, por exemplo, cumpriu agendas no Itamaraty usando uma máscara, item de proteção que também usou ao comparecer à posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso. Na semana passada, cancelou viagens agendadas para esta semana.
Em julho, o presidente passou por dois procedimentos para reduzir as dores no local. O primeiro tratamento foi uma infiltração, quando o paciente recebe uma injeção de medicamentos diretamente na área afetada. Dias depois, realizou uma "denervação percutânea no quadril direito, que usa substâncias para tentar eliminar as exterminações nervosas que causam dor no paciente.
Lula já reclamou publicamente em mais de uma ocasião sobre suas dores na cabeça do fêmur, provocadas pela artrose, desde agosto do ano passado, quando estava em campanha eleitoral para a presidência. Em julho, o presidente falou durante uma live que tem ficado "irritado", "nervoso" e de "mau humor".
Nesta semana, também durante uma live, afirmou que cogitou realizar o procedimento logo após as eleições, mas que teve temor de passar uma imagem fragilizada. Ao comentar sobre a recuperação, disse que não terá imagens suas usando andadores e muletas. A declaração provocou críticas.
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— Durante o processo da campanha, naquela cena que vocês me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava porque era preciso animar as pessoas. Se o candidato está lá, de cabeça baixa, ele não passa otimismo para a sociedade. Se eu operar agora, vão dizer que Lula está velho, ganhou a eleição e já está internado — afirmou.
— Depois, eu queria operar logo depois das eleições. Bem, eu disse, se eu operar agora, vão dizer 'o Lula está velho, ganhou as eleições e já está internado'. Não, eu resolvi primeiro recuperar o Brasil, politicamente e internamente, com a inclusão social. Depois, recuperar o Brasil na geopolítica internacional, dizer para o mundo inteiro, o Brasil voltou, está de volta, com muita força, muito tesão, muita vontade de ser uma economia e isso foi maravilhoso no G20, nos BRICS, em Nova York.
Ao falar sobre o seu processo de recuperação, o presidente afirmou que não haverá imagens suas usando andadores e muletas. A orientação, segundo Lula, veio do seu fotógrafo, Ricardo Stuckert, atual secretário de produção e divulgação de conteúdo audiovisual.
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