Política
Após reforma ministerial, partidos da base dão 34 dos 43 votos favoráveis ao marco temporal
Todos os 17 senadores do União Brasil, PP e Republicanos, que nos últimos meses receberam cargos no 1° escalão de Lula, também votaram pela aprovação do texto-base
A reforma ministerial promovida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos últimos meses não se traduziu em apoio irrestrito ao governo no Congresso. Dos 43 votos favoráveis à aprovação do marco temporal, projeto para a demarcação de terras indígenas analisado no Senado nesta quarta-feira, 34 foram de senadores de partidos que integram a base do governo. O PT fechou questão contrário ao texto.
Entre os senadores que votaram pela aprovação da proposta, estão todos os 17 políticos do União Brasil, do Progressistas e do Republicanos, partidos que nos últimos meses foram contemplados com ministérios de Lula. Em agosto, Celso Sabino (União - PA) tomou posse como ministro do Turismo, e em setembro, André Fufuca (PP-MA) passou a comandar a pasta dos Esportes e Silvio Costa Filho (Republicanos - PE) foi empossado à frente do Ministério dos Portos e Aeroportos.
Houve dissidência dentro da própria base fiel a Lula, com os votos favoráveis ao marco temporal de nomes próximos ao governo, como Renan Calheiros (MDB-AL) e Davi Alcolumbre (União-AP). Jorge Kajuru, do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, também apoiou o projeto e colaboraram para sua aprovação. O senador Jarder Barbalho (MDB-PA), que é pai do Ministro das Cidades do governo Lula, Jader Filho, se ausentou da sessão e não votou.
Na oposição, o único voto contrário ao texto foi do senador Romário (PL-RJ), que é filiado ao partido de Jair Bolsonaro. Da base bolsonarista, no entanto, duas ausências se destacaram: os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, e o Carlos Portinho (PL-RJ) não participara da sessão.
A votação foi sobre o texto-base do projeto, segue agora para análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode vetar a proposta. A partir de agora, os senadores discutirão os destaques ao texto, isto é, votarão separadamente alguns trechos da proposta.
A discussão no Senado contraria a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas.
Mais lidas
-
1TECNOLOGIA MILITAR
Revista americana destaca caças russos de 4ª geração com empuxo vetorado
-
2TECNOLOGIA
Avião russo 'Baikal' faz voo inaugural com motor e hélice produzidos no país
-
3OPERAÇÃO INTERNACIONAL
Guarda Costeira dos EUA enfrenta desafios para apreender terceiro petroleiro ligado à Venezuela
-
4ECONOMIA
Quando houver alguma divergência entre membros do Copom, ela será destacada, diz Galípolo
-
5EUA
Senado dos EUA apresenta projeto de lei para usar ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia