Política
'Se depender de mim, não passo um dia internado', afirma Lula
Presidente diz que pretende despachar no Palácio da Alvorada na segunda-feira
Com uma cirurgia no quadril marcada para a próxima sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira, estar otimista quanto à sua recuperação e, se depender dele, já estará despachando no Palácio da Alvorada no início da semana que vem. Lula fará o procedimento no Hospital Sírio Libanês, em Brasília.
— Se depender de mim, não fico nem um dia [internado]. Me interno na sexta, faço a cirurgia e, se depender de mim, estarei despachando no Alvorada — afirmou o presidente, após se reunir com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, no Itamaraty.
Lula disse ter medo de anestesia. Porém, ressaltou ter sido informado que a medicina avançou bastante, incluindo o processo de sedação.
— Minha cirurgia é apenas para cuidar da saúde. Quero voltar a jogar bola, voltar a correr, fazer esteira, ginástica e estou desde agosto com dor. Doi pra dormir, para levantar, para ficar em pé — afirmou.
— Eu vou me tratar e o Brasil vai continuar viajando. Os ministros vão viajar, o Alckmin vai viajar. Nós temos que colocar os projetos de desenvolvimento do Brasil, sobretudo o que diz respeito à transição energética, ecológica, climática. Colocar tudo o que nós temos. Porque a verdade nua e crua é essa. Em se tratando de energia verde, o Brasil é mais do que a Arábia Saudita é hoje com petróleo .
Lula estava de máscara no Itamaraty seguindo a orientação médica para o pré-operatório. Na semana passada, também cancelou viagens agendadas para esta semana para seguir a recomendação da sua equipe médica.
A cirurgia já estava previsto para ocorrer entre a última semana de setembro e a primeira semana de outubro. A data foi confirmada na semana passada pelo Palácio do Planalto.
O presidente sofre com intensas dores na cabeça do fêmur, provocadas por uma artrose. Em julho, Lula reclamou publicamente de suas dores durante uma live e afirmou que que tem ficado "irritado", "nervoso" e de "mau humor
A previsão é que o presidente fique cerca de seis semanas sem viagens. A meta de recuperação é a participação na COP 28, marcada para novembro, em Dubai. A cirurgia será feira em Brasília.
Em julho, o presidente passou por dois procedimentos para reduzir as dores no local. O primeiro tratamento foi uma infiltração, quando o paciente recebe uma injeção de medicamentos diretamente na área afetada. Dias depois, realizou uma "denervação percutânea no quadril direito, que usa substâncias para tentar eliminar as exterminações nervosas que causam dor no paciente.
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