Política
Bolsonaro admite que há 'problemas a resolver' em São Paulo para as eleições de 2024
Em conferência conservadora, ex-presidente afirma que conversa com o presidente do PL para aparar arestas em corridas por prefeituras
Jair Bolsonaro (PL) admitiu neste domingo que ainda há "problemas para resolver" dentro do PL para as eleições municipais de 2024, citando entraves em São Paulo e no Ceará, mas sem citar nomes. As declarações do ex-presidente foram dadas durante a Cpac 2023, conferência internacional que reúne nomes da direita conservadora, que ocorreu em Belo Horizonte neste final de semana.
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— Temos eleições municipais no ano que vem e estamos acertando o partido. Nesse caminho, vão aparecendo alguns problemas. Conversei com o nosso presidente (Valdemar Costa Neto, dirigente nacional do PL) na semana passada e, se Deus quiser, vamos resolver a questão do Ceará. Também pintaram alguns problemas em São Paulo — afirmou Bolsonaro, que participou do evento por videoconferência.
Internamente, ficou acertado que o Bolsonaro vai participar ativamente da escolha dos candidatos apoiados pelo PL em prefeituras estratégicas, como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Na capital paulista, apontada como um "problema ser resolvido", o prefeito Ricardo Nunes tenta se cacifar à reeleição pleiteando o apoio da sigla, que estuda indicar o candidato a vice-prefeito, enquanto pesquisas mostram um bom desempenho de Guilherme Boulos (PSOL) na cidade.
Além de citar as arestas aparadas internamente no PL, o ex-presidente convidou os presentes ou telespectadores interessados em ingressar na política a ingressar no PL para disputar cadeiras em câmaras municipais e prefeituras no próximo ano.
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Durante a transmissão, Bolsonaro ainda afirmou que, apesar de unida, a direita precisa "acertar o nosso norte". O ex-titular do Palácio do Planalto foi tornado inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no final de junho e deve ficar de fora das próximas eleições presidenciais, em 2026, mas vai seguir atuando como uma espécie de cabo eleitoral de nomes do partido.
— Começamos muito tarde em relação à esquerda, que não são adversários, são inimigos da humanidade e do cidadão. Mas, tudo passa e creio eu que, ao longo desses últimos quatro anos, quando estive à frente da Presidência, serviu para despertar milhões de pessoas pelo Brasil do que realmente é a direita, do que são os conservadores e quão importante estarmos na política e bastante afinados para o futuro da nossa nação.
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