Política

Saída de Renan Filho para concorrer em 2022 ao senado é dada como certa, mas disputa será dura

07/12/2021
Saída de Renan Filho para concorrer em 2022 ao senado é dada como certa, mas disputa será dura

Renan Filho deixará o governo no fim de março

Não é mais segredo pra ninguém. Pelo menos nos bastidores do Palácio República dos Palmares. O governador Renan Filho (MDB) – que está em férias com a família em Miami – deixará o governo em 31 de março de 2022 para em outubro disputar a eleição da única vaga de senador.

Os momentos de incerteza sobre sua permanência no governo até o final do mandato já foram superados e o governador teria decidido enfrentar mais esse desafio em sua jovem carreira política (prefeito, deputado-federal e governador).

Renan Filho estará afastado do Poder durante longo seis meses e terá que manter sua base fiel na disputa ao Senado, uma tarefa hercúlea – haja vista a “maleabilidade política” dos cabos eleitorais que trocam de “fardas” e partidos na primeira oferta que recebem.

Para disputar a eleição majoritária ao senado (uma única vaga) Renan Filho terá que confiar principalmente na sensibilidade do povo alagoano que atualmente aprova seu governo, segundo pesquisas.

O duro é manter vivo durante seis meses – de seu afastamento até o pleito – esse sentimento na lembrança do cidadão, que no país e especialmente em Alagoas é considerado de “memória curta”.

Redes sociais talvez não sejam o bastante para manter acesa na mente do eleitor sua gestão.

Fenômeno semelhante ocorreu em 2006, quando o aprovadíssimo Ronaldo Lessa (PDT) saiu da cadeira de governador apontado como o melhor governante dos últimos tempos e apenas a distância de seis meses fora do poder o fez perder a eleição de senador para Fernando Collor de Mello – que em uma campanha de 28 dias de forma fulminante o derrotou fragorosamente.

E a coincidência para Renan Filho que busca o mesmo sonho que Ronaldo Lessa outro dia almejou (sair do governo direto para o senado) é que vai disputar a eleição com um mais experiente Collor, que se transformou na coqueluche das redes sociais e tem o apoio do Poder Federal, através da figura do presidente Jair Bolsonaro que lhe deve atenções eleitorais.

O pleito de 2022 tende a ser parelho.

E vai um conselho: Os ventos de agora poderão soprar diferente dos ventos futuros. E a brisa refrescante que ronda hoje o Palácio República dos Palmares, caso a história se repita poderá tornar-se numa enorme ventania para quem se acha imbatível.