Decisão de Renan Filho se sairá candidato ou não ao senado deixa postulantes indecisos

Um mandato que pode ser abreviado, mas com sensação de dever cumprido, assim é o clima do atual governo Renan Filho (MDB). Mas a indefinição do governador em se candidatar na eleição vindoura ao Senado da República persiste.

Sem o sucessor natural que renunciou a vice-governadoria, hoje o atual prefeito de Arapiraca Luciano Barbosa (ainda no MDB), o governador avalia com muita cautela se deixará o mandato em abril de 2022 para enfrentar as urnas ou se permanece na cadeira cedida para ele pelos alagoanos por dois mandatos e de lá comandar o pleito sucessório.

Numa eleição imprevisível como a de 2022, onde a disputa polarizada no pleito federal será renhida, talvez seja necessária a permanência da figura do governador Renan Filho no comando do Estado, já que o mesmo possui experiência exitosa em crises, bastando ver sua atuação no combate à pandemia.

Por outro lado, o jovem governador tem o direito a seguir sua carreira política e disputar o Senado da República, hoje um tanto quanto carente de cabeças pensantes, salvo exceções.

Mas para isso precisa de alguém à frente do Palácio República dos Palmares que mantenha a “pegada” de sua gestão e conclua as dezenas de obras vultosas que estão sendo construídas em todo o Estado.

E aí está o nó da questão. Se Renan Filho deixar o mandato em abril, quem será o “governador tampão”?

Marcelo Victor (PSL) coordena grupo de deputados que está na expectativa de uma possível renúncia do governador em abril; Renan Filho (MDB) ainda não decidiu seu futuro político

A Assembleia com o todo poderoso Marcelo Victor que indicará o sucessor permitirá a continuidade da política adotada nos últimos sete anos pelo governador Renan Filho?

Nesse xadrez, onde o xeque-mate  —  de um jeito ou outro será dado em 2 de abril de 2022 – seis meses antes da eleição, os jogadores tentam mostrar por enquanto cortesia entre si.

O presidente da ALE – segundo o jornalista Edvaldo Junior – “está pavimentando o caminho para chegar ao Palácio República dos Palmares em 22. A estratégia passaria pela eleição do governador tampão, em abril. O escolhido será provavelmente candidato à reeleição”, escreveu.

Em evento na última semana em Delmiro Gouveia o presidente da ALE Marcelo Victor destacou que Alagoas tem uma grande capacidade de investimentos e vive um momento diferente do Brasil, quando se fala em união e diálogo no campo político.

“A gente entende quando a coisa não anda bem. Quando não tem diálogo. E quando o Legislativo não tem união com o Executivo. O Brasil vive isso, mas Alagoas está dando prova que sabe trabalhar unido e em conjunto”, comentou.

Marcelo Victor costuma lembrar que nos últimos sete anos o governo de Alagoas não enfrentou crise no Parlamento e avisa: “Alagoas vai continuar avançando nas próximas eleições”.