Poder e Governo
Flávio Bolsonaro critica condições da prisão do pai e fala em "barulho de geradores"
Senador afirma que ex-presidente enfrenta dificuldades para se exercitar e reclama do tempo limitado de visitas
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou insatisfação quanto às condições em que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. Segundo Flávio, o ex-presidente dispõe de pouco espaço para movimentação, contrariando recomendações médicas para a prática de exercícios físicos, além de enfrentar dificuldades de concentração devido ao ruído constante de geradores de aparelhos de ar-condicionado, que funcionam das 7h às 19h.
A sala onde Bolsonaro está preso possui cama de solteiro, ar-condicionado e frigobar. O ambiente, tradicionalmente reservado a custodiados sob responsabilidade direta da PF, foi adaptado para receber o ex-mandatário e, após reforma recente, passou a contar com banheiro privativo, cadeira, armário, escrivaninha, televisão e ar-condicionado. O espaço é semelhante ao utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua detenção na Superintendência da PF em Curitiba. À época, Lula cumpria pena de 12 anos por condenação no caso do tríplex do Guarujá (SP), posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal.
— Hoje ele está em uma situação bem difícil, soluçando bastante, reclamando que tem passado as noites com refluxo. Ele está em uma sala de 12 m², trancado na chave o dia inteiro. A sala ao lado faz um barulho infernal do ar condicionado central daquele prédio, entre 7h e 19h. É como se ele estivesse sendo torturado — relatou Flávio Bolsonaro.
O senador também criticou o tempo restrito de visitas semanais ao pai.
— São 30 minutos por semana. Nesse tempo, preciso amparar meu pai, pensar no ser humano, e no que sobra falamos de articulações políticas. É muito pouco — afirmou.
Jair Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
O ex-presidente foi preso preventivamente no dia 22, após violar a tornozeleira eletrônica, sob alegação de risco de fuga. Em 25 de junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou o trânsito em julgado da ação penal referente à tentativa de golpe e ordenou o início do cumprimento da pena na cela da PF.
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