O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu atendimento médico nesta quinta-feira (data) após sofrer uma crise de soluços em sua cela na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A informação foi confirmada pela defesa e por dois de seus filhos.

Jair Renan Bolsonaro (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC), relatou na rede X que o pai não conseguiu dormir durante a noite e que a crise de soluço "voltou mais acentuada". "Os episódios de refluxo que ocorreram ontem continuam persistindo ao longo do dia de hoje", escreveu Jair Renan na plataforma.

Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro, também se manifestou na mesma rede social, informando que "médicos foram acionados" à tarde devido à persistência dos soluços e refluxos. Carlos, que visitou o pai na terça-feira, afirmou que o ex-presidente estava "devastado psicologicamente" e "se alimentando pouco".

Bolsonaro enfrenta crises recorrentes de soluços, que, segundo a família, o impedem de falar e podem provocar vômitos. A condição é apontada como uma das sequelas do atentado a faca sofrido por ele durante a campanha eleitoral de 2018.

O delicado estado de saúde do ex-presidente já motivou pedidos da defesa para que ele cumpra a pena em regime domiciliar — solicitação negada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde a detenção, determinada por Moraes, a família mantém uma rotina de visitas sob protocolos restritos, incluindo proibição de celulares e limitação do tempo de permanência a 30 minutos.

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão, condenado por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.

O ex-presidente foi preso preventivamente no sábado, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que apontou risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica. Na terça-feira, Moraes determinou o trânsito em julgado da ação penal da trama golpista e ordenou o início do cumprimento da pena no prédio da Polícia Federal.