Poder e Governo

STF mantém prisão de Bolsonaro e outros condenados por trama golpista após audiência de custódia

Condenados já cumprem a pena estabelecida pela Primeira Turma do STF desde terça-feira

Agência O Globo - 27/11/2025
STF mantém prisão de Bolsonaro e outros condenados por trama golpista após audiência de custódia

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros cinco condenados no processo que investiga a trama golpista, após audiência de custódia realizada nesta quarta-feira. As sessões, que têm como objetivo verificar a legalidade das prisões, ocorreram à tarde por videoconferência e foram conduzidas por juízes auxiliares da Corte.

Os condenados já cumprem as penas estabelecidas pela Primeira Turma do STF desde terça-feira, quando foi declarado o encerramento do processo para os integrantes do chamado "núcleo crucial" da trama.

A audiência de custódia avalia a legalidade e a necessidade da manutenção da prisão, sem analisar o mérito da acusação.

O encerramento da ação penal, com início imediato do cumprimento das penas, foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes e, em seguida, confirmado pelos demais ministros da Primeira Turma.

Com a decisão, Bolsonaro permanece detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, segue na Estação Rádio da Marinha, enquanto os ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira continuam no Comando Militar do Planalto.

O ex-ministro Anderson Torres permanece no batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como "Papudinha". Já o ex-ministro Walter Braga Netto segue em uma instalação militar no Rio de Janeiro, onde já estava preso preventivamente desde sábado.

O STF também encerrou o processo contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-SP), que não foi preso por estar nos Estados Unidos e ser considerado foragido.

O tenente-coronel Mauro Cid já havia iniciado o cumprimento de sua pena, de dois anos em regime aberto. Ele manteve os benefícios da delação premiada e foi o único a não recorrer da condenação.