Poder e Governo
De Lindbergh a Kim Kataguiri: Conselho de Ética vota relatórios de processos contra nove deputados
Colegiado analisa 13 representações nesta terça-feira; Janones responde a três processos e Gilvan da Federal a dois
O Conselho de Ética da Câmara vota nesta terça-feira treze relatórios envolvendo nove deputados de diferentes partidos. As representações abrangem uma lista heterogênea de condutas, que vão de ofensas e acusações pessoais a confrontos físicos e tumultos em sessões.
A análise dos treze relatórios deve ocupar toda a tarde e, diante do volume de processos, pode se estender para a sessão já convocada para quarta-feira.
A seguir, o que cada caso analisa:
Gilvan da Federal (PL-ES)
Gilvan responde a dois processos.
O primeiro trata das ofensas dirigidas à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, durante reunião da Comissão de Segurança Pública. Na ocasião, o deputado usou termos como “amante” e “prostituta”, o que levou a Mesa Diretora a representar por quebra de decoro.
O segundo processo trata de nova conduta ofensiva, em sessão posterior, quando o parlamentar reiterou ataques contra opositores. A representação lembra ainda que, em 2020, Gilvan afirmou que queria que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva morresse, declarações retomadas pelo PT como demonstração de comportamento reiterado.
André Janones (Avante-MG)
Janones concentra três representações.
A primeira trata do discurso feito na tribuna em que o deputado xingou Nikolas Ferreira (PL-MG). O Conselho já havia aplicado suspensão de três meses pelo episódio e agora avalia se o caso deve avançar para cassação.
As outras duas representações foram apresentadas pelo PL. Uma delas aponta publicações em que Janones chamou o deputado Gustavo Gayer de “assassino” e “corrupto”. A outra trata de denúncias de rachadinha em seu gabinete, feitas por um ex-assessor e repercutidas pela sigla.
Kim Kataguiri (União-SP)
A representação do PSOL foi protocolada após o embate entre Kim e a deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) durante debates sobre questões indígenas. No documento, o partido acusa o deputado de usar expressões de cunho depreciativo, referindo-se à parlamentar como alguém que fazia “cosplay”, num contexto interpretado como tentativa de desqualificar sua identidade indígena.
Lindbergh Farias (PT-RJ)
O petista é alvo de duas representações.
A primeira diz respeito ao episódio em que Lindbergh apresentou uma denúncia contra Marcel Van Hatten (Novo-RS), acusando-o de ofender o ministro Alexandre de Moraes. Van Hatten nega e afirma que o petista distorceu sua fala — e o Novo acionou o Conselho contra Lindbergh por esse motivo.
A segunda representação foi movida pelo PL e se refere a uma entrevista concedida ao jornal O Tempo, em que Lindbergh chamou o deputado Gustavo Gayer de “canalha”.
Delegado Éder Mauro (PL-PA)
O deputado é acusado de agredir o bancário Bruno Silva, que havia se manifestado politicamente contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A representação aponta conduta intimidatória e uso de violência física.
Guilherme Boulos (PSOL-SP)
O hoje ministro e deputado licenciado responde por representação apresentada pelo PL, que afirma que Boulos teria ofendido Gustavo Gayer e Gilvan da Federal durante debates no plenário, usando expressões que, segundo o partido, ultrapassaram os limites da crítica política.
José Medeiros (PL-MT)
A representação apresentada pelo PSOL acusa Medeiros de ofender o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) em suas redes sociais, utilizando qualificações pessoais e imputando condutas indevidas ao adversário.
Sargento Fahur (PSD-PR)
O deputado responde por episódio envolvendo o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). Em discurso, Fahur disse que, se existisse um filme em que Vieira apanhasse, ele gostaria de “ser o policial que bate”. A representação atribui ao parlamentar conduta incompatível com o decoro.
Célia Xakriabá (PSOL-MG)
A representação contra Célia, apresentada pelo PL, refere-se ao confronto durante a votação do projeto de licenciamento ambiental. Segundo o documento, a deputada teria agredido Kim Kataguiri com uma caneta, atingindo também o deputado Sargento Fahur de forma acidental durante a confusão.
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