Poder e Governo
Filhos de Bolsonaro terão visitas em horários distintos na prisão; veja as datas
Alexandre de Moraes também autorizou acesso de equipe médica sem necessidade de autorização prévia
Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, detido preventivamente em sala da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, poderão visitá-lo nos próximos dias — cada um em horários diferentes. A autorização foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu regras específicas para os encontros. Carlos, Flávio e Jair Renan Bolsonaro deverão ser recebidos separadamente.
Na decisão, Moraes mencionou uma portaria da Polícia Federal que regulamenta as visitas a detentos. Conforme a norma, “as visitas ocorrerão às terças-feiras e quintas-feiras, das 9h às 11h, com duração de 30 minutos, e limitação de dois familiares por dia de visita”.
O ministro do STF informou, em despacho, que atendeu ao pedido dos advogados de Bolsonaro para a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, realizada neste domingo. No entanto, solicitou que a defesa indicasse quais filhos pretendiam visitar o ex-presidente, já que os nomes não haviam sido especificados inicialmente.
As visitas dos filhos seguirão ordem alfabética. Na próxima terça-feira, das 9h às 11h, Carlos Bolsonaro (ex-vereador do Rio) e Flávio Bolsonaro (senador pelo PL-RJ) poderão visitar o pai, cada um com 30 minutos de duração e em horários distintos.
Já na quinta-feira, no mesmo horário, será a vez de Jair Renan Bolsonaro, vereador de Balneário Camboriú (SC), realizar a visita, também por meia hora.
No mesmo despacho, Moraes autorizou ainda o acesso dos advogados e da equipe médica de Bolsonaro, “sem necessidade de prévia autorização judicial, bem como a disponibilização de tratamento médico em tempo integral, em regime de plantão”.
O ministro destacou manifestação da Polícia Federal, segundo a qual, em caso de emergência médica, “será acionado imediatamente o médico-chefe da Divisão de Perícias Médicas e Odontológicas, que se encarregará das providências e orientações necessárias”.
De acordo com a PF, “ao custodiado estão sendo ministrados os medicamentos fornecidos, conforme receita prescrita pela médica Marina Grazziotin Pasolini”. Ela receitou Pregabalina a Bolsonaro, medicamento apontado pela equipe médica do ex-presidente — formada por Claudio Birolini e Leandro Echenique — como possível responsável pelo quadro de “confusão mental”.
Em boletim médico anexado à manifestação dos advogados ao STF, Birolini e Echenique afirmam que “esse medicamento apresenta importante interação com os medicamentos que ele (Bolsonaro) utiliza regularmente para tratamento das crises de soluço (Clorpromazina e Gabapentina) e tem como reconhecidos efeitos colaterais a alteração do estado mental, com possibilidade de confusão mental, desorientação, coordenação anormal, sedação, transtorno de equilíbrio, alucinações e transtornos cognitivos”.
O documento ressalta que o uso de Pregabalina ocorreu “sem o conhecimento ou consentimento” dos médicos Birolini e Echenique, e que a medicação foi suspensa imediatamente.
No despacho, Moraes determinou que “durante o período da custódia, será franqueado acesso ao custodiado por parte da equipe médica registrada nos autos, que poderá ser informada sobre alterações e providências”.
A Polícia Federal informou ainda que “a opção mais ágil e segura” em casos de emergência médica é acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
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