Poder e Governo
Primeira Turma do STF decide nesta segunda-feira se mantém prisão de Bolsonaro
Julgamento ocorre em sessão extraordinária do plenário virtual ao longo desta segunda-feira
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) avalia nesta segunda-feira se mantém ou revê a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O julgamento acontece em sessão virtual extraordinária, das 8h às 20h.
Segundo apuração do EXTRA, a tendência é que a Primeira Turma confirme a decisão de Moraes. Compõem o colegiado a ministra Cármen Lúcia e os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, que têm votado de forma alinhada ao relator.
A sessão inicia com o voto de Moraes, que deverá ser favorável à manutenção da prisão. Em seguida, os demais ministros têm até as 20h para apresentar seus votos.
Ao determinar a prisão de Bolsonaro, na manhã de sábado, Moraes solicitou que a decisão fosse submetida à análise dos demais ministros. O presidente da Primeira Turma, Flávio Dino, atendeu ao pedido e marcou a sessão extraordinária.
No domingo, Bolsonaro passou por audiência de custódia, ocasião em que a prisão foi mantida. Esse procedimento não discute o mérito da acusação ou a decisão que fundamentou a prisão, mas verifica se houve respeito aos direitos fundamentais do detido.
A prisão de Bolsonaro foi determinada por Moraes a pedido da Polícia Federal (PF), que apontou a necessidade de garantir a ordem pública. A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a medida, e o ex-presidente foi encaminhado à Superintendência da PF em Brasília.
De acordo com a PF, uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, em frente ao condomínio onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, poderia gerar "tumulto" e criar um "ambiente propício para sua fuga".
"O conteúdo da convocação para a referida 'vigília' indica a possível tentativa de utilização de apoiadores do réu Jair Messias Bolsonaro, em aglomeração a ser realizada no local de cumprimento de sua prisão domiciliar, com a finalidade de obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar", afirmou Moraes.
O ministro também destacou que Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica na madrugada de sábado, fato admitido pelo próprio ex-presidente aos agentes que foram à sua residência para averiguar o ocorrido.
"A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho", escreveu Moraes.
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