Poder e Governo
Comida caseira, pão com ovo e visitas: as primeiras horas de Bolsonaro detido na PF
Ex-presidente recebe café da manhã, almoço e jantar diariamente; cardápio especial segue recomendações médicas, segundo aliados
Desde que foi conduzido para uma sala na Superintendência da Polícia Federal na manhã de sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem se alimentado exclusivamente de refeições levadas por auxiliares e familiares. Fontes próximas relatam que, nas primeiras 30 horas de prisão preventiva, ele evitou consumir os itens oferecidos aos custodiados pela corporação, preferindo um cardápio alinhado às recomendações médicas, com baixo teor de gordura. Na manhã deste domingo, por exemplo, recebeu pão com ovo e café com leite.
A família também tem providenciado itens pessoais. Ainda no início do dia, um auxiliar entregou itens de higiene, como escova de dente e desodorante, todos submetidos à inspeção da PF. Para o almoço, aliados afirmam que a escolha foi novamente por comida caseira, descrita como simples e sem gordura.
A opção por refeições externas não é incomum. É prática recorrente que presos recebam alimentos trazidos por familiares, desde que respeitados os protocolos de segurança. No sábado, dia em que chegou à Superintendência, Bolsonaro não jantou, alegando falta de apetite, apesar do cardápio padrão — arroz, feijão, salada e proteína —, o mesmo servido no almoço dos custodiados.
De acordo com interlocutores, Bolsonaro dormiu bem, acordou por volta das 6h neste domingo e tomou café às 7h. A avaliação entre aliados é de que ele está calmo, conversando normalmente e sem intercorrências. A confusão mental relatada anteriormente por sua equipe médica teria sido superada após ajuste nas medicações.
Ao longo do dia, o ex-presidente recebeu advogados e foi visitado pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, após a audiência de custódia que determinou sua permanência na detenção. A expectativa no entorno de Bolsonaro é que a rotina siga marcada pela presença da família enquanto durar sua estadia na Superintendência.
Preso preventivamente neste sábado, Bolsonaro ainda aguarda a análise dos embargos de declaração na ação penal sobre a trama golpista, processo no qual foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado. A expectativa é de que a tramitação seja concluída nos próximos dias.
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