A violação da tornozeleira eletrônica por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), reconhecida pelo próprio, foi um dos fatores que levaram à decretação de sua prisão preventiva. A decisão foi tomada no sábado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A agentes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape), Bolsonaro relatou ter utilizado um ferro de solda para tentar abrir o equipamento. Segundo o ex-presidente, a tentativa ocorreu por "curiosidade". No entanto, ainda há dúvidas sobre o real motivo da ação e o momento exato em que ela aconteceu. Essas questões deverão ser esclarecidas em manifestação que a defesa de Bolsonaro terá que apresentar ao STF.

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Até o momento, a única justificativa apresentada para o episódio foi a "curiosidade" mencionada por Bolsonaro. No sábado, o ministro Alexandre de Moraes estabeleceu o prazo de 24 horas para que a defesa do ex-presidente explique detalhadamente o ocorrido.

"Dessa maneira, determino que a defesa de Jair Messias Bolsonaro manifeste-se, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre a violação do equipamento (‘tornozeleira eletrônica’)", determinou o ministro.

No mesmo dia, o advogado Paulo Cunha Bueno, integrante da equipe de defesa do ex-presidente, esteve na Superintendência da Polícia Federal (PF), onde Bolsonaro está detido. Ao sair, criticou a prisão, mas preferiu não comentar sobre a violação da tornozeleira.