Poder e Governo
PM reforça policiamento na sede da PF após prisão de Bolsonaro
Medida foi adotada após solicitação formal à Secretaria de Segurança Pública do DF em razão da presença do ex-presidente na Superintendência da PF
A Polícia Militar do Distrito Federal intensificou o policiamento ostensivo nos arredores da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro está detido. O reforço na segurança foi determinado após um pedido formal encaminhado à Secretaria de Segurança Pública do DF, motivado pela presença do ex-presidente no local.
Prisão preventiva: Bolsonaro foi preso pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente permanece detido em uma sala especial na sede da PF, com cerca de 12 metros quadrados, equipada com banheiro privativo, cama, cadeira, armário, escrivaninha, televisão, frigobar e ar-condicionado. O espaço é semelhante ao utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua detenção na Superintendência da PF em Curitiba.
A expectativa é que Bolsonaro permaneça na unidade por alguns dias antes de ser transferido para o local onde cumprirá a pena de 27 anos e três meses de prisão, imposta por tentativa de golpe de Estado. O destino mais provável, segundo discussões em andamento, é o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como "Papudinha", situado na região do Complexo Penitenciário da Papuda.
Bolsonaro foi preso preventivamente sob suspeita de risco de fuga. De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, o equipamento de monitoramento eletrônico do ex-presidente foi violado à meia-noite. Essa informação fundamentou a decisão judicial que determinou a prisão preventiva, destacando o risco iminente de evasão.
"O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a esta Suprema Corte a ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu Jair Messias Bolsonaro, às 0h08min do dia 22/11/2025. A informação constata a intenção do condenado de romper a vigilância para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho", destacou Moraes.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, convocou apoiadores para uma vigília pela saúde do pai na noite deste sábado. Segundo aliados e familiares que o visitam, Jair Bolsonaro tem enfrentado problemas de saúde.
Na decisão, Moraes pontuou que "embora a convocação de manifestantes esteja disfarçada de 'vigília', a conduta indica o mesmo 'modus operandi' da organização criminosa liderada pelo referido réu, no sentido da utilização de manifestações populares com o objetivo de conseguir vantagens pessoais".
"O tumulto causado pela reunião ilícita de apoiadores do réu condenado tem alta possibilidade de colocar em risco a prisão domiciliar imposta e a efetividade das medidas cautelares, facilitando eventual tentativa de fuga do réu", ressaltou o ministro.
Moraes ainda afirmou que, no vídeo gravado por Flávio, o senador "incita o desrespeito ao texto constitucional, à decisão judicial e às próprias Instituições, demonstrando que não há limites da organização criminosa na tentativa de causar caos social e conflitos no País, em total desrespeito à democracia".
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