Poder e Governo

Mendonça converte em prisão domiciliar detenção de investigada por fraudes no INSS

Ministro do STF considerou que Thaísa Hoffmann é mãe de criança de um ano e quatro meses

Agência O Globo - 15/11/2025
Mendonça converte em prisão domiciliar detenção de investigada por fraudes no INSS
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF) - Foto: Reprodução

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu neste sábado converter em prisão domiciliar a detenção de Thaísa Hoffmann, presa na última quinta-feira durante nova fase da Operação Sem Desconto — que apura suspeitas de desvio bilionário em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. A investigada deverá utilizar tornozeleira eletrônica e entregar todos os passaportes, além de cumprir outras exigências estabelecidas pela Justiça.

Thaísa é casada com o ex-procurador do INSS Virgílio Oliveira Filho, também detido na mesma operação. Após as prisões, as defesas de Virgílio e Thaísa informaram que ambos se apresentaram espontaneamente à Polícia Federal e estão dispostos a “contribuir para o esclarecimento dos fatos”.

Na decisão, o ministro Mendonça destacou que Thaísa solicitou a conversão da prisão em razão de ser mãe de um bebê de um ano e quatro meses, ainda em fase de amamentação, que precisa ser alimentado três vezes ao dia. Atualmente, a criança está sob os cuidados emergenciais da avó materna, de 73 anos.

A Procuradoria-Geral da República manifestou-se favorável à concessão da prisão domiciliar.

Segundo Mendonça, “a priorização dos interesses da criança deve ser reconhecida, de maneira que o filho do casal preso tenha o menor sofrimento possível, em virtude das condutas ilícitas potencialmente perpetradas por seus pais”.

Com isso, o ministro determinou a conversão da prisão, o uso de tornozeleira eletrônica e a entrega dos passaportes. Thaísa Hoffmann também está proibida de manter contato com qualquer outro investigado na Operação Sem Desconto — exceto o marido, Virgílio, que segue preso preventivamente. Ela poderá visitá-lo, desde que não trate de assuntos relacionados à investigação.