Poder e Governo
Viktor Orbán se reúne com Eduardo Bolsonaro nos EUA e critica 'caça às bruxas políticas' no Brasil
Primeiro-ministro da Hungria, expoente da extrema-direita mundial, repercute encontro com deputado federal e declara apoio à família do ex-presidente brasileiro
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, reuniu-se na noite desta quinta-feira (data não informada) com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em Washington, nos Estados Unidos. Durante o encontro, Orbán criticou o que chamou de "caças às bruxas políticas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. O premiê, um dos principais expoentes da extrema-direita mundial, afirmou que está "firmemente ao lado dos Bolsonaro".
Orbán está nos Estados Unidos para um encontro com o ex-presidente Donald Trump. Em Washington, recebeu Eduardo Bolsonaro na embaixada da Hungria e, nas redes sociais, compartilhou uma foto do encontro. O primeiro-ministro descreveu a família Bolsonaro como "amigos e aliados que nunca desistem".
"Estamos firmemente ao lado dos Bolsonaros nestes tempos difíceis, amigos e aliados que nunca desistem. Continuem lutando: caças às bruxas políticas não têm lugar na democracia; a verdade e a justiça devem prevalecer!", publicou Orbán.
Eduardo Bolsonaro também comentou o encontro em suas redes sociais, afirmando que detalhou ao premiê húngaro a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra Jair Bolsonaro:
"Pude expor a ele, em detalhes, os abusos que Moraes e a Suprema Corte têm imposto a Jair Bolsonaro, sua família e apoiadores, perseguição que tanto Orbán quanto Trump classificam como uma verdadeira 'caça às bruxas'", escreveu Eduardo.
O deputado federal definiu Orbán como um "nacionalista que defende uma política imigratória rigorosa" e destacou que o premiê é "o líder conservador mais longevo da história recente", comandando a Hungria há 15 anos. Eduardo também relembrou o período em que o país esteve sob influência da União Soviética e comparou, segundo ele, as "violações de direitos humanos cometidas por regimes autoritários" com a "perseguição" enfrentada por Bolsonaro.
"Busco aprender diretamente na fonte as melhores práticas de seu movimento — e não são poucas — em políticas de migração, defesa da família e combate ao comunismo, o que, por óbvio, inclui a preservação das liberdades", publicou o deputado.
Atuação nos EUA
As articulações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos para a aplicação de sanções contra o Brasil e autoridades do país o colocaram sob investigação. O STF analisa, neste momento, apenas o recebimento ou não da denúncia. Caso a acusação seja aceita, será aberta uma ação penal. O julgamento do mérito, com eventual absolvição ou condenação, ocorrerá em outro momento.
O crime de coação, que prevê pena de um a quatro anos de prisão, consiste em "usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funcione ou seja chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral".
Mais lidas
-
1CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
2REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
3DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados
-
4TENSÃO INTERNACIONAL
Confisco de ativos russos pode acelerar declínio da União Europeia, alerta jornalista britânico
-
5FUTEBOL INTERNACIONAL
Flamengo garante vaga na Copa do Mundo de Clubes 2029 como quinto classificado