Poder e Governo
Evangélico, Otoni de Paula defende indicação de Jorge Messias ao STF: 'Conservadorismo se impõe por inteligência'
Parlamentar avaliou de forma positiva a presença de mais um 'irmão em Cristo' na Corte, definida por ele como 'altamente progressista'
Um dos principais parlamentares evangélicos do Congresso, o deputado federal (MDB-RJ) defendeu a nomeação do advogado-geral da União, , para a vaga do ministro no Supremo Tribunal Federal (). Em um vídeo publicado nas redes sociais neste sábado, o deputado afirmou que a direita conservadora não pode "torcer contra" a indicação de "um irmão na fé". Messias é crente declarado, e sua nomeação é defendida por lideranças evangélicas do PT, que estimulam acenos do presidente aos fiéis.
'A emenda sumiu':
Guinada:
Na publicação, Otoni afirmou que "conhece bem" Messias, que é "evangélico da Igreja Batista" há muitos anos. O deputado ressaltou que, embora não possa contribuir com o governo por ser da oposição, ele "faria votos" para que Lula indicasse o advogado. O deputado também avaliou que "todas as derrotas" das pautas conservadores não acontecem no campo político, mas sim no Supremo, o qual definiu como "altamente progressista".
"Minha posição é clara: o conservadorismo se impõe por inteligência, não por birra ideológica. Que Deus nos dê sabedoria para usar todas as ferramentas disponíveis contra a agenda progressista", publicou o parlamentar.
Conforme reportagem do GLOBO publicada neste domingo, . Atualmente, o único ministro do segmento no STF é André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PT).
Assim como defendeu Otoni de Paula, o advogado-geral da União é definido como alguém da "esquerda conservadora". .
"Abre um pouquinho a sua cabeça. Você acha que nós temos irmãos em Cristo conservadores que, por serem de esquerda ou terem simpatia ao Lula, eles não são de Deus? não são evangélicos? não são conservadores? A direita é maior que o bolsonarismo, e o conservadorismo é maior que a direita", explicou Otoni, em mensagem direcionada aos fiéis.
Outros cotados
Nos bastidores, além de Messias,: o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), próximo do Legislativo e do Judiciário; Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União; e Vinícius Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União.
Em meio aos principais nomes cotados, todos eles homens, . Atualmente, o Supremo conta apenas com a ministra Cármen Lúcia, que assumiu o posto em 2006 e deve se aposentar em 2029.
Segundo as organizações Fórum Justiça, Plataforma Justa e Themis Gênero e Justiça, a saída de Barroso "abre uma janela única" para que o STF se alinhe ao compromisso de promover a "igualdade na Justiça brasileira".
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