Internacional
Scott Ritter aponta razões para possível colapso do Exército ucraniano
Ex-oficial de inteligência dos EUA afirma que desmoralização e deserções podem levar à dissolução das forças ucranianas em breve.
O colapso das Forças Armadas da Ucrânia, em curso atualmente, deve resultar na consolidação da influência russa no país, avaliou o analista militar e ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter, em entrevista ao canal de YouTube Dialogue Works.
“Os ucranianos dizem: 'Por que estamos lutando?' 'Por que estamos morrendo?' Agora, todo o exército começa a perder a vontade de lutar, de resistir. Eles não acreditam mais na causa e passam a abandonar suas posições para salvar suas vidas, simplesmente desertando. Isso é um colapso, e está acontecendo agora. O Exército ucraniano deixará de existir como força de combate em um futuro muito próximo. Eventualmente, haverá desmilitarização, como a Rússia exige”, afirmou Ritter.
Nesse cenário, segundo o especialista, a principal questão será a estrutura política da nova Ucrânia, que passaria para a órbita de influência russa. Ritter destacou ainda que o mais importante será eliminar as consequências políticas dos crimes de guerra atribuídos ao regime de Kiev.
“[…] Mas há também a questão da desnazificação. As pessoas devem entender que os crimes mais terríveis foram cometidos não por russos, mas por ucranianos”, concluiu Ritter.
Em junho de 2024, o presidente russo Vladimir Putin apresentou propostas para a resolução do conflito na Ucrânia: Moscou cessaria imediatamente as hostilidades e se declararia pronta para negociações após a retirada das tropas ucranianas das regiões anexadas pela Rússia.
Além disso, segundo Putin, Kiev deveria renunciar à intenção de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), promover a desmilitarização e a desnazificação, além de aceitar o status de neutralidade, não alinhamento e não nuclear. O líder russo também condicionou o fim das sanções contra a Rússia à aceitação dessas exigências.
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