Internacional
Investigada, ex-chanceler da Itália renuncia a cargo de reitora
Mogherini comandava o Colégio da Europa desde setembro de 2020
A italiana Federica Mogherini, ex-alta representante da União Europeia para Política Externa, renunciou nesta quinta-feira (4) ao cargo de reitora do Colégio da Europa, instituição de pós-graduação com sede em Bruges, na Bélgica, após se tornar alvo de investigação por suspeita de corrupção.
Mogherini, também ex-ministra das Relações Exteriores da Itália, anunciou sua decisão em um e-mail enviado a funcionários e alunos, ao qual a ANSA teve acesso.
Ela comandava o instituto desde setembro de 2020.
"Em consonância com o máximo rigor e retidão com que sempre desempenhei minhas funções, decidi hoje renunciar aos cargos de reitora do Colégio da Europa e diretora da Academia Diplomática da União Europeia", escreveu a política na mensagem.
"Estou orgulhosa daquilo que realizamos juntos e sou profundamente grata pela confiança, estima e apoio que os estudantes, docentes, funcionários e ex-alunos demonstraram e continuam demonstrando comigo", acrescentou.
Mogherini chegou a ser presa para interrogatório na Bélgica, porém foi libertada na manhã da última quarta (3), sem medidas cautelares. Ela é investigada por suspeita de fraude e corrupção em licitações, conflito de interesses e violação de sigilo profissional.
Também são alvos do inquérito o italiano Stefano Sannino, ex-secretário-geral do Serviço Europeu de Ação Externa (Seae) — braço diplomático da UE — e que renunciou ao cargo de diretor-geral da Comissão Europeia para Oriente Médio, Norte da África e Golfo; e o ítalo-belga Cesare Zegretti, codiretor do escritório de educação executiva, treinamento e projetos do Colégio da Europa.
Segundo a Procuradoria, a investigação diz respeito ao projeto da Academia Diplomática da UE, programa de formação para jovens diplomatas do bloco, que foi adjudicado pelo Seae ao Colégio da Europa no período de 2021-2022.
"Existem fortes suspeitas de que informação confidencial relacionada com a contratação do curso foi compartilhada com um dos candidatos da licitação", disse o Ministério Público da UE.
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