O ministro da Economia francês, Roland Lescure, alertou nesta segunda-feira (3) que irá pedir a proibição da Shein na França caso a empresa volte a vender bonecas infláveis similares a crianças, itens que a gigante asiática garantiu ter removido de sua plataforma.

"Se esse comportamento se repetir, temos o direito, e eu o solicitarei, de banir a plataforma Shein do mercado francês", alertou Lescure em entrevista à BFMTV e à RMC, destacando que "esses objetos horríveis são ilegais" e prometendo ainda "uma investigação judicial".

Diante da polêmica, a empresa foi convocada a prestar esclarecimentos sobre o caso "em até 15 dias aos deputados franceses", informou o relator da Comissão de Informação sobre o Controle de Produtos Importados para a França, Antoine Vermorel-Marques.

Essa audiência "deve nos permitir obter respostas precisas sobre a transparência das cadeias de abastecimento da Shein, os procedimentos de controle interno e as medidas corretivas implementadas na sequência deste incidente particularmente grave", escreveu Vermorel-Marques, recordando que a Shein deverá inaugurar sua primeira filial na próxima quarta-feira (5) no Bazar de l'Hotel de Ville (BHV) em Paris, uma das lojas de departamentos mais emblemáticas da capital.

Por sua vez, o chefe do BHV, Frédéric Merlin, afirmou no Instagram que a comercialização pela Shein de "bonecas de conotação sexual é indecente e inaceitável", ainda que o executivo defenda a abertura do negócio chinês em seu estabelecimento.