Internacional

Guerra entre Israel e Hamas completa 2 anos em meio a negociações

Familiares de vítimas visitarão ao local de massacre

Redação ANSA 07/10/2025
Guerra entre Israel e Hamas completa 2 anos em meio a negociações

Há dois anos, no dia 7 de outubro de 2023, o movimento fundamentalista islâmico Hamas lançou o seu maior ataque terrorista contra Israel durante o Festival Nova, no Deserto de Negev, matou 1.250 pessoas e sequestrou aproximadamente 250.

Na data em que é celebrado o segundo aniversário da tragédia, as famílias das vítimas visitarão o local da ofensiva que culminou em uma guerra na qual 67.173 civis já perderam a vida, incluindo 20.179 crianças, e outros 169.780 ficaram feridos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

No palco do ataque, o grupo vai observar um minuto de silêncio em homenagem a todos os afetados pelo conflito, enquanto centenas de israelense vão se reunir em vários outros locais do país para lembrar o dia do atentado.

As celebrações serão realizadas enquanto negociadores israelenses e do Hamas se reúnem no Egito para discutir um possível acordo de paz na Faixa de Gaza.

Segundo a Al-Qahera News, veículo de comunicação ligado aos serviços de inteligência do Cairo, as conversas para encerrar a guerra estão "positivas" e uma segunda rodada será feita em Sharm el-Sheikh ainda hoje.

Israel e Hamas devem iniciar negociações indiretas sobre os detalhes de uma proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para uma troca de prisioneiros e um cessar-fogo de longo prazo.

Na primeira conversa no Egito, o Hamas teria "concordado em entregar suas armas a um comitê egípcio-palestino, recusando-se categoricamente a confiar a gestão da Faixa de Gaza a um comitê de transição internacional", revelou a agência Efe do Cairo, citando uma fonte palestina informada.

Além disso, o Hamas teria proposto negociar a gestão de Gaza com a Autoridade Nacional Palestina e rejeitado a presença de Tony Blair como governador do enclave, ao mesmo tempo em que "aceita que ele assuma um papel de monitoramento remoto".

Em um comunicado divulgado por ocasião do segundo aniversário do ataque, o Hamas também condenou um "fracasso árabe sem precedentes" em relação à situação na Faixa de Gaza.

"Israel continua sua guerra brutal contra o povo palestino, cometendo massacres contra civis indefesos, em meio a um silêncio vergonhoso e à cumplicidade internacional, e um fracasso árabe sem precedentes", diz o texto, citado pela Al Jazeera.

De acordo com o Hamas, dois anos depois, o "povo permanece enraizado em sua terra, agarrando-se aos seus direitos legítimos diante dos planos de liquidação e deslocamento forçado".