O papa Leão XIV disse nesta terça-feira (30) esperar que o Hamas aceite o plano de paz para a Faixa de Gaza apresentado na última segunda (29) pelos Estados Unidos.

Em declaração à imprensa ao deixar Castel Gandolfo, cidade nos arredores de Roma, o Pontífice enfatizou que "há elementos muito interessantes" no plano de Trump para encerrar a guerra.

"Espero que o Hamas aceite dentro do prazo estabelecido", afirmou ele sobre a proposta de paz americana que menciona a criação de uma zona "desradicalizada", livre de grupos armados e que não representará mais uma ameaça aos seus vizinhos.

O texto ainda cita que Tel Aviv não ocupará ou anexará o enclave e estabelece a libertação dos reféns israelenses e de milhares de palestinos presos. Além disso, prevê uma força-tarefa para estabilizar o território.

O plano de paz de Trump já recebeu aval do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que, no entanto, repetiu que "não aceitará a criação de um Estado da Palestina".

Falando sobre a Flotilha Global Sumud (GSF), que planeja furar o cerco israelense contra a Faixa de Gaza e levar ajuda humanitária para a população civil, Robert Prevost fez um apelo contra a violência.

"É muito difícil. Você pode ver o desejo de responder a uma emergência humanitária real", afirmou ele, reforçando esperar "que não haja violência e que as pessoas sejam respeitadas".

Por fim, o líder da Igreja Católica comentou a ordem executiva dos EUA para mudar o nome do Departamento de Defesa, também conhecido como "Pentágono", para "Departamento de Guerra".

Segundo Leão XIV, essa forma de falar "é preocupante porque mostra um aumento das tensões", até mesmo "esse vocabulário de mudar o ministro da Defesa para o ministro da Guerra".

"Esperemos que seja apenas uma forma de falar. É certamente um estilo de governo com o qual eles querem mostrar força para impressionar. Esperemos que funcione, mas que não haja guerra. Devemos sempre trabalhar pela paz", concluiu o Papa.