Internacional
Presidente da Itália faz apelo para flotilha aceitar mediação
Igreja Católica se ofereceu para receber ajudas no Chipre

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, fez um apelo para que a Flotilha Global Sumud (GSF), frota com 51 barcos que navega em direção à Faixa de Gaza, aceite a mediação da Igreja Católica para entregar a ajuda destinada à população civil palestina.
O pronunciamento do chefe de Estado chega dois dias depois de um ataque anônimo de drones contra a flotilha, que transporta centenas de pessoas de mais de 40 países, incluindo a sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e ativistas e políticos italianos.
"A fim de proteger o valor da iniciativa, parece necessário preservar o objetivo de entregar a ajuda para a população em sofrimento.
Permito-me dirigir com particular intensidade um apelo às mulheres e aos homens da flotilha para que aceitem a disponibilidade oferecida pelo Patriarcado de Jerusalém", escreveu Mattarella em uma mensagem.
A proposta da Igreja Católica é para a frota humanitária deixar no Chipre as ajudas destinadas à população de Gaza, e de lá o Patriarcado de Jerusalém as levará para o enclave palestino. "O valor da vida humana, que parece ter perdido qualquer significado em Gaza, onde é gravemente pisoteado, exige que se evite colocar em risco a incolumidade das pessoas", acrescentou o presidente.
A Flotilha Global Sumud, no entanto, recusou a mediação, alegando que também está entre seus objetivos "furar o assédio ilegal" de Israel contra a Faixa de Gaza. "Não podemos aceitar essa proposta porque ela busca impedir que nossos barcos naveguem em águas internacionais, com o risco de ser atacados", declarou a porta-voz italiana do grupo.
"Estamos prontos a avaliar mediações, mas sem mudar de rota, porque isso significaria admitir que não é possível fazer nada contra um governo que opera de forma ilegal", acrescentou.
Após os ataques de dois dias atrás, a frota é acompanhada de perto por um navio da Marinha Militar da Itália, porém o ministro da Defesa, Guido Crosetto, já alertou que não será possível garantir a segurança dos ativistas em águas israelenses.
"Um bloqueio que prive os civis de comida, medicamentos e ajudas é proibido. Um bloqueio que prejudique de modo desproporcional a população civil é proibido. Israel não tem nenhuma autoridade nas águas de Gaza, que pertencem à Palestina", disse a GSF, acrescentando que qualquer tentativa de bloquear a flotilha será uma "violação do direito internacional e do direito marítimo".
Ao longo dos últimos meses, Israel interceptou barcos humanitários com destino a Gaza e prendeu e deportou seus tripulantes, entre eles Greta e Ávila, mas é a primeira vez que uma flotilha com tantas embarcações navega rumo ao enclave.
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