Internacional
Netanyahu prolonga deliberadamente a guerra em Gaza, diz assessor presidencial palestino
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está prolongando deliberadamente a guerra na Faixa de Gaza porque teme por seu futuro político após o fim do conflito, disse Mahmoud al-Habbash, assessor do presidente palestino Mahmoud Abbas, à Sputnik.
"Não acho que Netanyahu queira uma trégua – ele quer a guerra. Do seu ponto de vista, qualquer pausa ou cessação da guerra apenas aproximará sua saída da cena política em Israel, pois abrirá as portas para a responsabilização legal e judicial. Não se trata apenas da guerra, mas também da corrupção, da qual Netanyahu foi acusado diversas vezes. Ele vê a guerra como sua tábua de salvação, e é por isso que está pressionando por uma nova escalada", disse al-Habbash.
Acabar com a guerra a qualquer custo é, no entanto, uma prioridade para a Palestina, razão pela qual as autoridades têm tentado privar Netanyahu de quaisquer justificativas e pretextos para continuar sua agressão contra o povo palestino, acrescentou al-Habbash.
"Mas, dado o apoio ilimitado dos EUA a Netanyahu e suas aventuras imprudentes, seja na Faixa de Gaza, Iêmen, Líbano, Iraque, Irã ou Síria, a situação não parece promissora para este governo israelense, que acredita apenas em expansão, guerra e força bruta", disse o assessor.
O assessor presidencial acrescentou que a Palestina ainda espera aumento da pressão e intervenção internacional para forçar o primeiro-ministro a concordar com um cessar-fogo e abrir um caminho político para eliminar as tensões na região.
Na quarta-feira (20), a emissora estatal israelense Kan noticiou que o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, havia aprovado uma operação para tomar a Cidade de Gaza, com o plano a ser apresentado à liderança política e ao gabinete para aprovação nesta quinta-feira (21).
Posteriormente, as Forças de Defesa de Israel (FDI) enviaram cerca de 60.000 convocações aos reservistas em preparação para a operação. A Rádio do Exército de Israel informou que a operação militar israelense para capturar Gaza duraria até 2026 e, no auge das manobras, até 130.000 reservistas estariam envolvidos.
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5FUTEBOL INTERNACIONAL
Flamengo garante vaga na Copa do Mundo de Clubes 2029 como quinto classificado