Internacional
UE tem dilema: gastos sociais ou de defesa se EUA se retirarem da Europa, diz mídia
Em meio às ameaças dos EUA de reduzir a presença militar na Europa, a UE tem apenas duas opções: aumentar o financiamento da defesa em detrimento dos gastos sociais ou finalmente admitir seu fracasso político, relata a agência de notícias Bloomberg.
A agência compara o bloco com Hamlet, porque há muito tempo a Europa prefere a inação e a conversa fiada à ação no interesse de sua própria segurança. O artigo também diz que para a UE não faz sentido se apegar à ilusão de estar sob protetorado dos EUA.
''Isso alimentou uma mentalidade de 'paz eterna' em áreas de um continente envelhecido, onde os gastos sociais estão em primeiro lugar. Isso também criou um risco moral, uma vez que a Polônia gasta mais de 3% do seu produto interno bruto em defesa e a Irlanda 0,2%'', ressalta a Bloomberg.
Além disso, a agência destaca que o verdadeiro desafio para a Europa, como sempre, não é financeiro, mas político. Essas são questões, continua a Bloomberg, que vão ao cerne do interesse nacional e do chamado ''modo de vida'' europeu, que coloca a manteiga antes das armas. Pois, nenhuma quantidade de planejamento tecnocrático eliminará completamente as escolhas difíceis.
A publicação também observa que o primeiro-ministro francês François Bayrou descreveu a situação atual como desesperadora.
''[François] Bayrou, da França, sem dúvida entende a ligação entre as restrições de defesa e o déficit da previdência pública francesa, que deve chegar a € 15 bilhões [cerca de R$ 96 bilhões] por ano em 2035'', acrescenta o artigo.
Por isso, finaliza o artigo, a dependência excessiva dos EUA em questões militares permite que o presidente norte-americano Donald Trump dite suas exigências à UE.
Anteriormente, o presidente dos EUA Donald Trump criticou a Europa por sua baixa contribuição para a capacidade de defesa da aliança e exigiu que todos os Estados-membros aumentassem os gastos com defesa para 5% do PIB.
Por Sputinik Brasil
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