Internacional
Turquia espera que Damasco resolve questão dos militantes curdos

O ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, disse neste sábado (15) que Ancara espera que Damasco resolva o problema da presença de militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão na Síria.
Mais cedo, Fidan discutiu a luta contra o terrorismo, o processo de formação do governo da República Árabe Síria e a reconstrução do país com o ministro das Relações Exteriores interno da Síria, Assad al-Shibani, informou uma fonte diplomática turna à Sputnik.
"Só nos resta um problema em termos de segurança: esperamos que nossos amigos em Damasco resolvam o problema e se livrem do PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão], e não o deixem para nós. O PKK é uma grande ameaça, como o ISIS, para toda a região", disse Fidan em uma sessão de painel na Conferência de Segurança de Munique. O evento foi transmitido ao vivo.
O ISIS [Estado Islâmico] é um grupo terrorista banido na Rússia. O Partido dos Trabalhadores do Curdistão e suas filiais são reconhecidos como terroristas na Turquia.
O ministro enfatizou que o PKK não pode ter permissão para governar um terço do país. De acordo com Fidan, as autoridades turcas esperam chegar a um acordo com a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o fim do patrocínio de Washington ao PKK.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse em 4 de fevereiro que havia discutido medidas conjuntas para combater o PKK e o ISIS com o presidente interino sírio Ahmed al-Sharaa.
A Turquia está reavaliando a presença de forças turcas na Síria e está em contato com as novas autoridades sírias sobre o assunto, disse o ministro das Relações Exteriores turco Hakan Fidan em janeiro.
Um dia antes, uma fonte do Ministério da Defesa turco disse que as forças armadas turcas estavam prontas para conduzir uma operação transfronteiriça na Síria contra militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão e grupos afiliados se o PKK não depusesse as armas.
No início de janeiro, o chefe do Ministério das Relações Exteriores no governo interino da RAE, Asaad al-Shibani, disse durante uma visita à Turquia que, dado o fim das hostilidades, não havia mais necessidade da presença de vários grupos que surgiram durante a crise síria.
Segundo ele, agora não há mais justificativas para a presença das formações curdas das Forças Democráticas Síria (SDF) no nordeste da Síria, a o novo governo sírio está trabalhando para retomar o controle da região.
Após a eclosão da crise síria em 2011, as SDF, com o apoio dos militares dos EUA, anunciaram a criação de sua própria administração autônoma nos territórios sob seu controle nas províncias sírias de Al-Hasakah, Raqqa e Deir ez-Zor.
Eles não se envolveram em combate com as forças do governo sírio sob o comando do ex-presidente e mantiveram seu potencial militar com o apoio das forças da coalizão internacional lideradas pelos EUA, presentes no nordeste da Síria, sob o pretexto de combater o grupo terrorista ISIS (banido na Rússia).
Mais lidas
-
1EDUCAÇÃO
Prefeitura de Maceió assumirá controle do CESMAC a partir de janeiro
-
2EUA
The New York Times publica ensaio sobre presidente Lula
-
3POSSIBILIDADE DE NOVAS ELEIÇÕES
Justiça Eleitoral cassa diplomas de prefeito e vice de Maribondo por abuso de poder econômico
-
4HISTÓRIA VIVA EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Jota Duarte, o homem de oito mandatos, chega aos 100 anos lúcido e ativo na memória política
-
5PREVIDÊNCIA
Prefeitura de Maceió exonera todos os comissionados do IPREV após escândalo dos R$ 100 milhões aplicados no Banco Master denunciados por Rui Palmeira