"O Egito propôs um comitê para a administração da Faixa de Gaza. Concordamos com essa proposta", disse Khalil al-Hayya, chefe interino do escritório político do Hamas em Gaza, em uma entrevista ao canal de TV palestino Al-Aqsa.

O líder político explicou que o Egito está propondo o estabelecimento de um comitê destinado a governar Gaza. Esse comitê, diz al-Hayya, deve ser composto por palestinos residentes na Faixa de Gaza e deve manter contato próximo com as autoridades palestinas na Cisjordânia, assim como ter um órgão de supervisão.

Al-Hayya acrescentou que é necessário reabrir o ponto de controle de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, para entregar ajuda humanitária essencial ao enclave palestino.

Nas últimas décadas, o Egito vem atuando como um mediador nos conflitos israelo-palestinos, apesar de manter uma relação tensa com o Hamas por sua associação com a Irmandade Muçulmana, organização considerada terrorista pela Rússia.

Após a escalada de 7 de outubro, que viu o Hamas escapar do enclave e atacar cidades próximas, e a subsequente operação Espadas de Ferro na Faixa de Gaza, que já matou mais de 40 mil palestinos, o Egito se uniu com o Catar para tentar mediar um cessar-fogo na região.

Por Sputinik Brasil