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Quatro vítimas de naufrágio de superiate na Itália sufocaram em 'bolha de ar', apontam autópsias

Embarcação transportava 22 pessoas (10 tripulantes e 12 passageiros) e foi atingida por uma tromba d'água de madrugada, quando estava ancorado em frente a Porticello

Agência O Globo - GLOBO 05/09/2024
Quatro vítimas de naufrágio de superiate na Itália sufocaram em 'bolha de ar', apontam autópsias

Quatro das sete pessoas que morreram no naufrágio do superiate na costa da Sicília ficaram sufocados em uma "bolha de ar" depois que o oxigênio da cabine acabou. As informações constam dos resultados das autópsias nos corpos de Jonathan e Judy Bloomer e Chris e Neda Morvillo, divulgados nesta quarta-feira pela imprensa italiana.

Durante uma tempestade, o veleiro com 22 passageiros a bordo foi tombado por um tornado raro na região, no mês passado. De acordo com o jornal La Reppublica, os peritos não encontraram água nos pulmões das quatro vítimas.

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Uma investigação apura apurando a responsabilidade de três tripulantes do "Bayesian" por suspeita de homicídio culposo e de causar o naufrágio.O capitão do navio, James Cutfield, não falou sobre o naufrágio e se recusou a dar declarações quando questionado pelos promotores.

Quem estava no iate?

Após a tempestade, o bote salva-vidas do superiate foi utilizado para resgatar 15 pessoas. Segundo a imprensa local, entre os amontoados no barco salva-vidas, estava Angela Baccares; Sasha Murray; Myin Htun Kyaw; Matthew Griffith; Ayla Ronald; Matthew Fletcher; e o capitão do navio, Calfield.

As outras pessoas encontradas mortas são o presidente do Conselho de Administração da Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e sua esposa; Christopher Morvillo, sócio do escritório de advocacia Clifford Chance, em Nova York, e a esposa, Neda Morvillo.

O iate, que havia partido de Roterdã e feito um cruzeiro pelas águas do Mediterrâneo, entrando pelo estreito de Gibraltar, estava ancorado em frente ao porto de Porticello, no golfo da cidade de Palermo. Passaria a noite lá, após navegar durante o dia ao largo das costas de Cefalù. O plano de seguir rumo às magníficas ilhas Eólias, no dia seguinte, foi interrompido por uma forte tempestade, que provocou a tragédia.

Segundo sobreviventes, o grupo foi convidado por Mike Lynch, dono da embarcação, saiu de Londres para fazer a travessia de barco na Sicília. Todos eram colegas e colaboradores da empresa de Lynch.

A embarcação, que levava a bordo 10 tripulantes e 12 passageiros de nacionalidades britânica, americana e canadense, era conhecido por ter um dos maiores mastros do mundo, feito de alumínio e com 75 metros de altura, o superiate era oferecido para aluguel em seu site por até R$ 1,1 milhão por semana. Construído em 2008 pela empresa italiana Perini Navi, o barco tinha quatro cabines duplas, uma tripla e uma suíte, além de acomodações para a tripulação.