Internacional

Casal alemão é acusado de matar mãe e avó para sequestrar bebê ucraniana

Eles se infiltraram em um grupo de apoio a refugiados da guerra para encontrar uma vítima e chegaram a colocar fogo em uma das familiares com o intuito de roubar a recém-nascida

Agência O Globo - EXTRA 03/09/2024
Casal alemão é acusado de matar mãe e avó para sequestrar bebê ucraniana

Um casal do sul da Alemanha foi acusado de matar duas refugiadas ucranianas, mãe e avó de uma bebê que os suspeitos sequestraram com o objetivo de se apropriar dela, informou o Ministério Público do país, nesta terça-feira (3).

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Ina O., de 43 anos, mãe de três filhos, e seu marido Marco O., de 44 anos, foram presos em março, uma semana após os acontecimentos, detalhou a promotoria da pequena cidade de Mannheim, no sul da Alemanha.

O casal está sendo processado por ter drogado uma mulher de 27 anos e sua mãe, que tinha 51 anos, antes de matá-las e sequestrar a bebê.

O casal "nutria há tempos o desejo não realizado de ter uma filha" e planejava "sequestrar uma bebê e fazê-la passar por sua própria filha", detalhou a promotoria.

A mulher se infiltrou em um grupo de apoio a refugiados ucranianos no aplicativo Telegram e entrou em contato em janeiro com a gestante que, prestes a dar à luz, procurava uma intérprete para o nascimento de sua filha.

No início de março, o casal convidou a família para um restaurante e lhes administrou sedativos. Em seguida, o marido matou a avó com golpes na cabeça e jogou o corpo em um lago, assim como também assassinou a mãe da mesma forma e queimou o corpo, segundo os investigadores.

Os suspeitos retornaram para casa com a recém-nascida. De acordo com o jornal The Sun, vizinhos alegaram que, pouco antes do corpo de Margarita ser descoberto, Ina e Marco estavam se gabando de terem uma "nova filha".

Mas ambos foram presos após o corpo da mãe dela, Margarita, ter sido encontrado. A avó foi achada alguns dias depois, no lago.

A menina, que tinha cinco semanas na época da prisão, foi entregue aos cuidados da proteção infantil. Ela estava vivendo com uma família adotiva na Alemanha, antes de ser acolhida pela tia, que a levou de volta para a Ucrânia.