Internacional
Israel afirma ter recuperado corpos de seis reféns na Faixa de Gaza
Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que os reféns foram 'assassinados a sangue frio pelo Hamas'

O exército israelense anunciou neste domingo ter recuperado os corpos de seis reféns capturados pelo Hamas na Faixa de Gaza, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu “acertar contas” com o movimento islâmico, em guerra contra Israel. Na Cisjordânia ocupada, onde o exército continua pelo quinto dia uma ampla operação contra grupos armados, a polícia israelense informou que três dos seus soldados “foram mortos” em um “ataque armado”.
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Os restos mortais dos reféns foram encontrados no sábado “em um túnel subterrâneo na zona de Rafah”, no sul do território palestino, e “transferidos para Israel, onde foram formalmente identificados”, indicou um comunicado militar.
“Aqueles que matam reféns não querem um acordo” para uma trégua em Gaza, afirmou Netanyahu em um comunicado, no qual advertiu, aludindo aos líderes do Hamas: “vamos persegui-los, vamos apanhá-los e acertaremos contas”.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que os reféns foram “assassinados a sangue frio pelo Hamas”. Por sua vez, o presidente Isaac Herzog disse que “o coração de toda a nação foi partido em mil pedaços”. O presidente dos EUA, Joe Biden, observou que entre os corpos recuperados estava o do israelense-americano Hersh Goldberg-Polin.
O jovem de 23 anos foi um dos 251 reféns feitos por militantes do Hamas no ataque de 7 de outubro no sul de Israel, que desencadeou a atual guerra em Gaza. Os outros cinco reféns recuperados foram identificados pelo exército israelense como Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e o sargento Ori Danino.
Biden prometeu que o seu país continuará a “trabalhar dia e noite para chegar a um acordo que garanta a libertação dos restantes reféns”. “Acho que estamos perto de chegar a um acordo”, acrescentou. Cerca de 100 reféns permanecem cativos no território palestino sitiado.
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Os pais de Goldberg-Polin, capturados durante o festival de música Supernova, dirigiram-se aos delegados da Convenção Nacional Democrata no mês passado em Chicago, no norte dos Estados Unidos. Na quinta-feira, o casal juntou-se a outros familiares de reféns reunidos perto da fronteira de Gaza.
Três policiais mortos
A recuperação dos corpos dos reféns ocorre em um momento em que Israel estende o conflito em Gaza à Cisjordânia ocupada, em meio a protestos da comunidade internacional. A polícia israelense informou que três dos seus agentes, dois homens e uma mulher, morreram “em um tiroteio” após um ataque no posto de controle de Tarkumiya, perto de Hebron.
O exército israelense lançou uma grande operação na quarta-feira na Cisjordânia ocupada, com bombardeios e ataques de blindados em Jenin, Nablus, Tubas, Tulkarem e em campos de refugiados, onde grupos armados que combatem Israel têm uma forte presença.
“É difícil, é muito difícil para as crianças e todos estão com medo, estamos aterrorizados, vejam a destruição”, disse Faiza Abu Jaafar, uma mulher de 82 anos que vive em Jenin. “Estamos vivendo dias negros”, acrescentou.
O diretor do hospital público de Jenin, Wisam Bakr, disse à AFP que foi "o pior dia desde o início do ataque" e que "ouviram confrontos e, às vezes, grandes explosões". De acordo com o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina, o exército israelense matou pelo menos 22 palestinos na Cisjordânia desde quarta-feira.
"Tenho muito medo por ele"
Em Gaza, apesar da devastação da guerra entre as forças israelenses e o Hamas, começou uma campanha de vacinação contra a poliomielite. A Organização Mundial da Saúde afirmou que Israel concordou em implementar “pausas humanitárias” de pelo menos três dias em várias partes do território para facilitar a campanha.
Netanyahu, no entanto, esclareceu que estas “pausas” não constituíam “um cessar-fogo”. Aid Abu Taha, 33 anos, trouxe seu filho de onze meses para receber a primeira dose de duas gotas.
“Vim porque tenho muito medo por ele”, disse ela, referindo-se a uma doença que pode causar deformidades e paralisia e até a morte.
A meta é imunizar mais de 640 mil crianças menores de 10 anos. A guerra em Gaza, que mergulhou os 2,4 milhões de habitantes daquele território em uma situação humanitária catastrófica, eclodiu no dia 7 de outubro.
Naquele dia, militantes islâmicos do Hamas mataram 1.199 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses. Em resposta, Israel prometeu destruir o Hamas e lançou uma vasta ofensiva de retaliação que já deixou 40.691 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território.
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