Internacional
Premier de Bangladesh renuncia e foge do país em meio a protestos violentos que deixaram mais de 100 mortos
No poder desde 2009, Sheikh Hasina abandonou o país em meio a fortes protestos populares
A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou ao cargo e deixou o país nesta segunda-feira, em meio a protestos violentos que deixaram cerca de 100 mortos no domingo. Manifestantes invadiram a residência oficial nesta segunda-feira, enquanto as Forças Armadas anunciaram que um governo interino será formado.
Manifestações: Sobe para 300 o número de mortos após protestos antigovernamentais em Bangladesh
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Hasina, que governava o país desde 2009, enfrentava uma onda de protestos populares desde junho, quando um movimento estudantil começou a denunciar as cotas de admissão para cargos públicos – consideradas “arbitrárias”. Os protestos se transformaram em um movimento antigoverno mais amplo e passaram a ser duramente reprimidos, com cerca de 300 pessoas mortas ao todo.
Com o agravamento dos distúrbios de domingo e o avanço dos manifestantes, Hasina foi transportada para o aeroporto da capital, Daca, informaram fontes diplomáticas. De acordo com a rede britânica BBC, a premier embarcou em um helicóptero e partiu em direção à cidade de Agartala, na Índia.
— Ela e sua irmã deixaram Ganabhaban (a residência oficial da primeira-ministra) e seguiram para um local mais seguro — declarou uma fonte a AFP, que pediu anonimato. — Queria gravar um discurso, mas não teve a oportunidade de fazer.
Imagens de redes de TV locais mostraram milhares de manifestantes invadindo a residência oficial da primeira-ministra. As imagens mostraram pessoas agarrando cadeiras, derrubando móveis e quebrando portas de vidro.
Um jornalista ouvido pela AFP afirmou que mais de 1,5 mil pessoas estavam dentro da residência oficial. Ele descreveu as pessoas quebrando móveis e vidros.
Em um discurso televisivo, o chefe do Exército, general Waker-Uz-Zaman, anunciou que a primeira-ministra, de 76 anos, tinha se demitido e que os militares trabalhavam para formar "um governo provisório". Ele disse estar se reunindo com "stakeholders" e que consultou representantes dos partidos políticos e da sociedade civil do país antes de fazer a sua declaração. (Com AFP e NYT)
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