Internacional
Chefe da OEA vai pedir ao tribunal de Haia imputar Maduro 'por banho de sangue' na Venezuela
Pelo menos 11 pessoas morreram durante protestos contra reeleição do presidente
O secretário da OEA, Luis Almagro, adiantou nesta quarta-feira que vai apresentar acusações perante a Corte Penal Internacional, com sede em Haia, para que impute e emita uma ordem de prisão contra Nicolás Maduro pelo "banho de sangue" na Venezuela, onde pelo menos 11 civis morreram em protestos por sua reeleição.
Eleição na Venezuela: Análise do New York Times de contagem parcial da oposição sugere derrota de Maduro para González
"Maduro prometeu um banho de sangue (...) e está cumprindo. É o momento de apresentar acusações e uma ordem de captura por parte da Corte Penal Internacional contra os principais responsáveis, incluindo Maduro", escreveu o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos no X.
Também nas redes sociais, a líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, convocou na quarta-feira os apoiadores a "mobilizar" após o presidente Nicolás Maduro prometer manter o poder após uma vitória eleitoral amplamente contestada.
"Agora cabe a todos nós afirmar a verdade que TODOS sabemos. Vamos nos mobilizar. VAMOS CONSEGUIR," ela escreveu no X. "É hora de confiar uns nos outros. De permanecer ATIVOS e FIRMES."
"Demorou para vencer; agora é hora de RECOLHER."
Nesta quarta-feira, o subsecretário de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, afirmou que o candidato oposicionista na Venezuela, Edmundo González, recebeu mais votos do que o presidente, Nicolás Maduro, na eleição ocorrida no domingo, com base em atas divulgadas pela oposição. A declaração foi a mais contundente vinda de uma autoridade de Washington, e deve colocar ainda mais pressão sobre as autoridades venezuelanas, que declararam Maduro o vencedor.
— Está claro que Edmundo González Urrutia derrotou Nicolás Maduro por milhões de votos — disse Nichols, durante reunião na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.
No discurso, o diplomata, o principal do governo de Joe Biden para a América Latina e Caribe, considerou válidas as atas divulgadas pela oposição desde domingo, que apontam para uma diferença considerável a favor de González. O números têm sido divulgados pela internet, apesar das tentativas de bloqueio organizadas pelo regime. O Brasil afirmou que não aceitará contagens paralelas.
— A tabulação destes resultados detalhados mostra claramente uma verdade irrefutável: Edmundo Gónzalez Urrutia venceu com 67% desses votos, em comparação com 30% de Maduro — disse o Nichols, citando números divulgados pelos oposicionistas. — E simplesmente não há votos suficientes nos restantes registos de recontagem para superar tal diferença.
O diplomata não sinalizou se a aceitação das atas divulgadas pela oposição é um prelúdio para um eventual reconhecimento de González como presidente eleito, ou se o Departamento de Estado e a Casa Branca poderão adotar outras formas de pressão contra Caracas, incluindo sanções.
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