Internacional
Maduro diz que líderes opositores 'deveriam estar atrás das grades e nunca chegarão ao poder'
María Corina Machado e o candidato Edmundo González Urrutia, afirmam que a oposição venceu o pleito por ampla margem e denunciam uma escalada da repressão no país
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que os líderes opositores que denunciam fraude nas eleições presidenciais de domingo "devem estar atrás das grades" e que eles "têm as mãos manchadas de sangue", após protestos nas ruas motivados pela sua reeleição. A líder opositora María Corina Machado e seu candidato presidencial, Edmundo González Urrutia, afirmam que a oposição venceu o pleito por ampla margem (67%, contra 30% de Maduro) e denunciam uma escalada da repressão no país que já deixou desde segunda-feira pelo menos 11 mortos e dezenas de feridos, além de ao menos 1.062 detenções, segundo um balanço oficial. O número de detenções, contudo, é bastante diferente do divulgado pela ONG de direitos humanos Foro Penal, que contabilizou até esta terça-feira ao menos 429 detidos.
— Essas pessoas têm de estar atrás das grades e tem de haver justiça — afirmou o mandatário em uma entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros. — Eu diria, como chefe de Estado, que haja justiça.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de linha oficialista, o governante foi reeleito com 51% dos votos para um terceiro mandato de seis anos.
Nesta terça-feira, a opositora denunciou na rede social X "a escalada cruel e repressiva do regime" e afirmou que 16 pessoas morreram em protestos contra o governo nas últimas 48 horas. Mas Maduro respondeu acusando María Corina e González Urrutia:
— Senhor González Urrutia, dê as caras, saia do seu esconderijo. Não seja covarde, senhora Machado. Vocês têm as mãos manchadas de sangue — declarou Maduro — Eles são o dano à Venezuela, não estão capacitados para ter o poder político, governar este país, e nunca chegarão ao poder político. Garanto a vocês, e sei o que digo, esses criminosos nunca chegarão.
O CNE denunciou que durante o domingo houve um hackeamento do seu sistema automatizado de votação. Maduro afirmou que foi uma "tentativa de golpe de Estado utilizando o processo eleitoral".
María Corina, por outro lado, afirma ter em seu poder cópias de 84% das atas de apuração que demonstram a suposta fraude e as publicou em um site.
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