Internacional
Quênia envia mais 200 policiais para missão de segurança no Haiti, em meio a violência de gangues
Ao todo, 600 agentes quenianos já foram destacados para o país
Outros 200 policiais do Quênia partiram rumo ao Haiti para reforçar a missão apoiada pela ONU, que tem como objetivo restabelecer a segurança no país caribenho assolado pela violência das gangues, informaram na terça-feira autoridades da força policial.
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"Temos 200 agentes de polícia que partiram na noite passada. Eles devem chegar ao seu destino no Haiti esta manhã", afirmou um oficial à AFP.
Outro alto cargo da polícia confirmou essa informação.
No final de junho, 400 policiais quenianos já haviam sido destacados para o país americano.
O Quênia planeja enviar um total de mil agentes como parte da Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti (MMAS), com uma duração inicial de um ano e à qual também devem contribuir Bangladesh, Benim, Chade, Bahamas e Barbados.
O país caribenho sofre com a violência das gangues que controlam 80% da capital, Porto Príncipe, e as principais rotas do país.
Essa violência intensificou-se no início do ano e forçou o primeiro-ministro Ariel Henry a renunciar.
O destacamento foi aprovado por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU em outubro e gerou fortes críticas no Quênia.
Violência crescente
Mais de 2,5 mil pessoas foram mortas ou feridas nos primeiros três meses do ano no Haiti. O aumento da violência ocorreu em fevereiro, quando grupos armados lançaram ataques coordenados na capital argumentando que queriam derrubar o então primeiro-ministro Ariel Henry, que acabou renunciando. As gangues agora controlam pelo menos 80% de Porto Príncipe e das principais estradas.
— Ariel renunciou não por causa da política, não por causa das enormes manifestações de rua contra ele ao longo dos anos, mas por causa da violência praticada pelas gangues — disse Judes Jonathas, um consultor haitiano que trabalha há anos com prestação de ajuda. — A situação mudou totalmente agora, porque as gangues estão trabalhando juntas.
Segundo publicado pela Associated Press, a chegada dos quenianos marca a quarta grande intervenção militar estrangeira no Haiti. Embora alguns haitianos acolham sua chegada, outros veem a força com cautela, dado que a intervenção anterior — a missão de paz da ONU de 2004-2017 — foi marcada por alegações de abuso sexual e a introdução da cólera, que matou quase 10 mil pessoas. (Com AFP e New York Times)
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