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Tiros contra Trump: Serviço Secreto é alvo de questionamento após falha de segurança em ataque contra ex-presidente

Investigações do FBI e na Câmara dos EUA devem examinar falhas na segurança que permitiram homem armado com fuzil semiautomático se posicionar a menos de 200 metros do presidenciável

Agência O Globo - GLOBO 14/07/2024
Tiros contra Trump: Serviço Secreto é alvo de questionamento após falha de segurança em ataque contra ex-presidente

No dia seguinte ao atentado contra o ex-presidente dos EUA Donald Trump, alvejado na orelha durante um comício republicano na cidade de Butler, na Pensilvânia, uma onda de críticos se voltou contra a atuação do Serviço Secreto americano, responsável pela segurança do candidato em campanha eleitoral. Embora tenham retirado o presidenciável em segurança do local, questionamento sobre a falha de segurança que permitiu o atirador se posicionar a menos de 200 metros e disparar oito vezes contra o palco.

O presidente do Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes dos EUA, James R. Comer, afirmou na noite de sábado que o caso será investigado como uma tentativa de homicídio contra o ex-presidente, e afirmou que o painel irá convocar a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, para prestar depoimento em uma audiência no Legislativo, em 22 de julho.

"Os americanos exigem respostas sobre a tentativa de assassinato do presidente Trump", comunicou a comissão em uma publicação nas redes sociais.

O atirador, identificado como um jovem de 20 anos, registrado como eleitor do Partido Republicano na Pensilvânia, estava em uma posição elevada do lado de fora do comício, a cerca de 135 metros de distância do palco onde Trump discursava. Ele estava armado com um fuzil AR-15 semiautomático, cujo alcance de um disparo chega a 550 metros.

Embora o Serviço Secreto seja o responsável primário pela segurança do presidente e dos candidatos à Presidência, o evento eleitoral também contava com a atuação de integrantes do FBI, a polícia federal dos EUA, e da polícia local da Pensilvânia.

Em uma coletiva de imprensa na noite de sábado, o agente especial do FBI Kevin Rojek disse ser "surpreendente" que o atirador tenha conseguido abrir fogo no palco antes de o Serviço Secreto o matar.

*matéria em atualização