Internacional
Netanyahu se opõe ao reconhecimento internacional de um Estado Palestino
Negociações para acabar com a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza seguem; objetivo é de que acordo seja estabelecido antes do início do Ramadã, em 10 de março
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou na noite desta quinta-feira qualquer reconhecimento internacional de um Estado Palestino e garantiu que a iniciativa “ofereceria uma enorme recompensa ao terrorismo”. No âmbito das negociações para acabar com a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, o The Washington Post informou que os Estados Unidos e vários países árabes estão trabalhando em um plano para uma paz duradoura no conflito.
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Este plano, que os responsáveis esperam acordar antes do início do Ramadã, em 10 de março, contempla um cessar-fogo de “pelo menos seis semanas” e a libertação dos reféns feitos pelo Hamas no seu ataque ao sul de Israel, em 7 de março. Também estabelece um calendário para o estabelecimento e reconhecimento de um Estado Palestino, segundo o jornal, que cita autoridades dos Estados Unidos e dos países árabes.
“Israel continuará a opor-se ao reconhecimento unilateral do Estado palestino. Tal reconhecimento, após o massacre de 7 de outubro, ofereceria uma enorme recompensa ao terrorismo sem precedentes e impediria um futuro acordo de paz”, escreveu Netanyahu na sua conta X, o antigo Twitter. “Israel rejeita categoricamente os ditames internacionais relativos a uma solução permanente com os palestinos”, disse ele.
Um acordo de paz deve resultar de “negociações diretas sem condições prévias”, acrescentou. Dois influentes ministros israelenses de extrema-direita, Itamar Ben Gvir (Segurança Nacional) e Bezalel Smotrich (Finanças), já tinham manifestado a sua oposição a este plano.
“Nunca concordaremos com tal plano, que na realidade diz que os palestinianos merecem uma recompensa pelo terrível massacre que cometeram”, escreveu Smotrich na mesma rede social. Na sua mensagem, o ministro garantiu que um Estado palestino é “uma ameaça existencial ao Estado de Israel”.
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