Internacional
Polícia Suíça investiga antissemitismo em loja de ski em Davos
O estabelecimento colocou na sua vitrine uma placa em hebraico com dizendo "não alugamos mais equipamentos esportivos para nossos irmãos judeus"
A polícia suíça abriu uma investigação sobre uma acusação de antissemitismo, após uma placa proibindo judeus de alugar trenós ter sido colocada na vitrine de um estabelecimento nas montanhas de Davos. Um ocorrido que o chefe da principal organização judaica da Suíça chamou de “insuportável”.
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A placa escrita em hebraico dizia “devido a vários incidentes chatos, incluindo o roubo de um trenó, não alugamos mais equipamentos esportivos para nossos irmãos judeus”.
Um porta-voz da polícia de Grauduenden, onde Davos está localizada, disse à Bloomberg que abriu uma investigação sobre suspeita de discriminação e incitação ao ódio. A investigação segue em andamento.
O jornal Tages-Anzeiger de Zurique, informou que a loja disse estar farta de trenós alugados por clientes judeus que vestem calçados de rua serem abandonados em encostas. Para falar sobre o assunto, o jornal tentou contato com o restaurante, mas não obteve resposta.
De acordo com o Tages-Anzeiger, o gerente da loja pediu desculpas, dizendo que o cartaz havia sido “mal redigido” e o trocou por um avisando aos clientes que somentes aqueles com calçados e roupas de inverno podem alugar trenós.
“A ideia de que os serviços estão sendo negados às pessoas no meio da Europa no século XXI só porque são judeus é insuportável”, disse Jonathan Kreutner, Secretário-geral da Federação Suíça das Comunidades Judaicas, em um comunicado oficial no site da organização.
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— No mês passado, Davos recebeu o Fórum Econômico Mundial anual, também é um destino popular entre os judeus ortodoxos — disse Rafael Mosbacher, organizador local da vida judaica. As sinagogas da cidade, as lojas kosher e a simpatia com as crianças são reconhecidas internacionalmente e atrai milhares de turistas judeus, contou ao jornal Tages-Anzeiger.
Mesmo assim, os incidentes anti-semitas e os atos islamofóbicos aumentaram na Europa e nos Estados Unidos desde o começo do conflito Israel - Hamas. Só na Alemanha, os relatos de incidentes anti-semitas aumentaram mais de 300% entre o início de Outubro e o o começo de novembro, segundo a Liga Anti-Difamação.
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