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Exército Brasileiro investirá R$ 3,4 bilhões em sistema moderno de defesa aérea
Força terrestre destinará recursos para interceptação de drones e mísseis, além de ampliar projetos estratégicos e modernizar frota blindada.
O Exército Brasileiro terá até R$ 30 bilhões excluídos do teto de gastos em 2025 e planeja investir R$ 3,4 bilhões na aquisição de sistemas modernos de defesa aérea capazes de interceptar drones e mísseis, segundo informações da agência Times Brasil.
Com a nova previsão orçamentária, a força terrestre também ampliará os aportes anuais ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O valor, que variava entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão por ano, deve alcançar cerca de R$ 3 bilhões anuais entre 2026 e 2031.
De acordo com a publicação, está prevista para 2026 a contratação de um sistema de defesa antiaérea inédito na América Latina, avaliado em até R$ 3,4 bilhões, com capacidade para interceptar drones e mísseis de cruzeiro.
Entre os projetos prioritários está o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), voltado ao combate ao narcotráfico e contrabando. A liderança do Exército pretende ampliar os investimentos, já que, das nove fases planejadas, apenas duas foram concluídas até agora: em Dourados (MS) e na fronteira amazônica.
"O Sisfron integra radares, sensores térmicos e ópticos, aeronaves remotamente pilotadas, sensores eletromagnéticos, simuladores e recursos de segurança cibernética, gerando um fluxo contínuo de dados", descreve a reportagem.
O Exército agora planeja viabilizar mais três etapas do Sisfron nos seguintes estados: Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.
A modernização da frota blindada também está nos planos. Após a incorporação de dois protótipos neste ano, a expectativa é receber 96 unidades do blindado Centauro II-BR até 2033.
O contrato, estimado em cerca de R$ 5 bilhões, será firmado com o consórcio Iveco-OTO Melara entre fevereiro e maio do próximo ano, incluindo compensações tecnológicas e serviços de logística integrada.
"Equipados com canhões de 120 milímetros, tração 8x8 e potência de 720 cavalos, os blindados contam com proteção contra minas, explosivos improvisados e munições cinéticas de alta pressão", detalha o texto.
Além disso, o Exército Brasileiro pretende reorganizar diversos programas estratégicos. O projeto Astros, voltado ao uso de foguetes de artilharia de longo alcance e alta precisão, será ampliado e passará a se chamar Programa Fogos.
O programa Lucerna, focado em inteligência militar, e o OCOP, de Obtenção de Capacidade Operacional Plena, deixarão de ser considerados estratégicos e passarão à categoria setorial, conforme a publicação.
Simultaneamente, os programas Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria serão unificados, reunindo iniciativas de infraestrutura militar na região amazônica e em outras áreas do país.
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