As bolsas da Europa encerraram o pregão desta terça-feira, 31, em alta, impulsionadas principalmente pelos setores bancário e de defesa, em meio às incertezas sobre um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. O volume de negociações permaneceu reduzido devido aos feriados de fim de ano, enquanto o mercado aguarda a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMIs) da zona do euro e da Alemanha, além da ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed).

Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,75%, fechando aos 9.940,71 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,57%, alcançando 24.490,41 pontos. O CAC 40, em Paris, registrou alta de 0,69%, a 8.168,15 pontos. Em Milão, o FTSE MIB ganhou 1,14%, encerrando a 44.944,54 pontos. O Ibex 35, de Madri, avançou 1,04%, a 17.374,70 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, teve elevação de 0,95%, a 8.263,79 pontos. Os dados são preliminares.

Devido à véspera de Ano Novo, as bolsas de Frankfurt e Milão não operam nesta quarta-feira, 31, encerrando hoje o último pregão do ano. O índice alemão acumulou alta de 6,06% em dezembro, enquanto o italiano subiu 5,35% no mesmo período.

Segundo Kathleen Brooks, analista da corretora global XTB, a atenção às ações do setor de defesa (+1,37%) deve continuar em destaque no próximo ano, especialmente na Europa. Ela destaca que a empresa alemã Rheinmetall (+2,2%) foi o principal destaque do Eurostoxx 50 em 2025. "Mesmo que haja paz entre Rússia e Ucrânia, os gastos com defesa ainda precisarão crescer, pois a Europa busca criar uma força dissuasora para garantir o respeito às suas fronteiras soberanas nos próximos anos", explica.

O setor bancário também se destacou, com alta de 1,63%. Entre os principais bancos, o HSBC subiu 1,11%, o Intesa Sanpaolo teve ganho de 1,78% e o Credit Agricole valorizou 1,18%. No setor de mineração, as ações avançaram acompanhando a valorização das commodities metálicas: a Fresnillo saltou 6,20%, a Antofagasta ganhou 2,87% e a Glencore subiu 2,8%.

No noticiário econômico, a Agence France Trésor (AFT) informou que as necessidades de financiamento da França poderão ser ajustadas conforme o orçamento de 2026.

Com informações da Dow Jones Newswires