O faturamento do varejo brasileiro cresceu 2,6% no Natal deste ano em relação ao mesmo período de 2022, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). O levantamento considera as vendas realizadas entre 19 e 25 de dezembro. As vendas online tiveram alta expressiva de 10,2%, enquanto as operações em lojas físicas avançaram 1,8%.

O estudo aponta que os consumidores adotaram uma postura mais cautelosa, dando preferência a itens essenciais, em detrimento de presentes tradicionais. O segmento de produtos "presenteáveis" apresentou retração de 0,2%, pressionado por quedas em Vestuário (-0,4%), Móveis, Eletro e Departamentos (-1,1%) e Livrarias, Papelarias e Afins (-2,7%). Em contrapartida, Cosméticos e Higiene cresceram 5,5%, Óticas & Joalherias, 2,1%, Drogarias e Farmácias, 10,3%; Veterinárias e Pet Shops, 3,4%; Supermercados e Hipermercados, 3,3%; e Autopeças e Serviços Automotivos, 2,9%.

"O consumidor adotou um comportamento mais racional, priorizando itens essenciais, o que levou à retração de setores presenteáveis tradicionais", avaliou Carlos Alves, vice-presidente de negócios da Cielo. "No geral, foi um Natal de consumo consciente, sustentado principalmente pelos segmentos essenciais e pelo canal digital", completou.

O gasto médio por compra ficou em R$ 107,81. O setor de bens não duráveis registrou alta de 4,0%, enquanto o de serviços avançou 2,7%. Já o segmento de bens duráveis e semiduráveis teve leve retração de 0,3%. No e-commerce, o contraste foi ainda maior: as vendas de bens não duráveis saltaram 23,3%, enquanto as de bens duráveis e semiduráveis caíram 1,9%.

O índice destaca ainda que o crédito parcelado representa 5,9% do volume das vendas, mas responde por 26,4% do faturamento total do varejo, devido ao tíquete médio elevado de R$ 484,51. Já o PIX concentrou 9,2% das vendas, com tíquete médio de R$ 71,60.