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Analista afirma que caçada dos EUA a petroleiros na Venezuela é estratégia, não sinal de guerra
Ações dos Estados Unidos visam fortalecer posição em negociações, sem indicar escalada militar, segundo especialista do setor petrolífero.
As recentes tentativas dos Estados Unidos de interceptar petroleiros que deixam a Venezuela fazem parte da estratégia de negociação do governo Trump, segundo Alejandro Teran, diretor da Associação Latino-Americana de Empresários Petrolíferos (ALEP), em entrevista à Sputnik.
Teran destacou que o objetivo de Washington é conquistar uma posição de barganha mais favorável, buscando flexibilizar o lado venezuelano.
"As ações dos Estados Unidos contra os petroleiros ligados à Venezuela no Caribe estão aquém de um bloqueio real: apenas cerca de 15 navios são sancionados pelos EUA, enquanto o restante dos petroleiros envolvidos no comércio de petróleo venezuelano segue operando normalmente", explicou.
O especialista detalhou que, no momento, os Estados Unidos monitoram três alvos principais na Venezuela.
Segundo Teran, a China continua recebendo petróleo venezuelano sem dificuldades, e a Chevron mantém suas operações no país.
Ele acrescentou ainda que todos os navios que entram nos portos venezuelanos possuem as permissões adequadas dos EUA.
"Isso não significa que toda a frota mundial será paralisada devido às sanções impostas pelos EUA a alguns navios considerados ligados a terroristas", concluiu Teran.
No último dia 17 de dezembro, o presidente Donald Trump anunciou o reconhecimento do governo venezuelano como "organização terrorista estrangeira" e determinou o bloqueio total de todos os petroleiros sancionados que entram e saem do país.
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